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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Notícias de Mercado - Clipping 03 a 09/12
Caruaru terá duas novas fábricas
Mais duas fábricas anunciaram que vão se instalar no Agreste pernambucano, em Caruaru. A Active Trading vai investir R$ 90,7 milhões na fabricação de motos, e a Cicopal, R$ 25,1 milhões na produção de salgadinhos e bebidas energéticas. Os protocolos de intenção foram assinados ontem. Os dois empreendimentos pertencem ao grupo goianiense Cicopal, que está fazendo uma parceria com a chinesa Lifan Motors para a fabricação de motos e triciclos, através da Active Trading. As duas unidades devem gerar 597 empregos diretos, número que deve passar para 1050 em dois anos.
A Acive vai produzir nove modelos de produtos, sendo cinco de motos de 50 a 250 cilindradas e quatro modelos de triciclos de até 200 cilindradas. A expectativa é que a fábrica esteja concluída no final do próximo ano. A produção inicial deve ser de 50 mil unidades por ano. O empreendimento vai desfrutar dos benefícios fiscais do Programa de Desenvolvimento do Setor Automotivo (Prodeauto). A solenidade contou com as presenças dos empreendedores, do vice-governador João Lyra Neto e do prefeito de Caruaru, José Queiroz, além de outras autoridades.
“Através de pesquisas, descobrimos que o Brasil é importante para o mercado de motocicletas no mundo. Estamos felizes com essa a parceria”, comentou o vice-presidente Lifan Motors para a América Latina, Nick Jiang. A fábrica foi fundada há 18 anos, na China.
A Cicopal, que produzirá salgadinhos, refrigerantes e bebidas energéticas, será a maior do grupo e terá capacidade para fabricar duas toneladas de salgadinho por hora. Esse número é três vezes maior das demais linhas de produção. Também serão fabricados 1.600 pacotes de refrigerantes por hora. A previsão é que as obras estejam concluídas em junho do próximo ano. Os produtos vão abastecer principalmente o mercado nordestino. “A Cicopal é uma empresa familiar que está expandido seus negócios. Caruaru terá a quarta fábrica do grupo, que será a segunda no Nordeste”, pontuou o presidente da empresa, Vanderlan Vieira Cardoso.
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Parque eólico de Pernambuco ja gera 3.400 empregos
Pernambuco é o primeiro estado brasileiro a contar com fabricantes de todos os tipos de equipamentos para geração de energia eólica. O Governo do Estado e a Eolice, produtora de pás para turbinas eólicas, anunciaram hoje a instalação de uma fábrica em Suape que vai gerar 1.500 empregos diretos e receber investimentos de R$ 100 milhões.
Com sede em São José dos Campos-SP, a Eolice se junta à também paulista Iraeta (fabricante de flanges – grandes anéis de ferro usados para ligar os cilindros que formam as torres), à argentina Impsa (geradores) e à espanhola RM Eólica (torres) fechando assim o cluster da produção de equipamentos para a produção de energia através dos ventos.
A geração deste tipo de energia limpa já soma cerca de R$ 425 milhões em investimentos e gera 3,4 mil empregos em Pernambuco. Números que podem ser ampliados em breve. O Governo do Estado contratou estudos para detectar jazidas de vento mais altas que as conhecidas hoje, que ficam entre 80 a 100 metros acima do nível do solo.
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Eolice começa a operar em Suape a partir de 2013
A Eolice, nova indústria de equipamentos eólicos que será erguida em Suape, começará a operar a partir de 2013. A empresa montou uma parceria com a estrangeira LM Wind Power, com sede na Dinamarca, e vai investir R$ 100 milhões no empreendimento, que fabricará pás para turbinas eólicas no complexo industrial pernambucano. As sócias assinaram hoje pela manhã um protocolo de intenções com o governador Eduardo Campos, no Palácio do Campo das Princesas.
Quando entrar em operação, a empresa gerará 1,5 mil empregos diretos. As pás eólicas serão usadas nas torres de geração de energia através dos ventos.
Com esta fábrica, Suape passa a oferecer todos os equipamentos necessários à geração de energia eólica, fechando a cadeia do setor. Já estão instaladas em Suape a Impsa, fabricante de geradores, e a RM Eólica, que produz torres. A Iraeta, empresa que produzirá flanges eólicas, já está em construção.
A unidade da Eolice ocupará 25 hectares e vai atender à demanda de parques eólicos do mundo inteiro. “Mas temos uma demanda do mercado brasileiro muito grande e vamos dar prioridade à ela”, revelou o diretor da empresa, Romualdo de Barros. Além da Eolice, apenas a Tecsis, com sede em Sorocaba (SP), produz pás eólicas. “Encontramos em Pernambuco o profissionalismo que procurávamos”, elogiou o diretor.
A empresa vai receber os incentivos previstos no Programa de Desenvolvimento de Pernambuco (Prodepe) que prevê 75% de crédito presumido no ICMS durante 12 anos, podendo ser prorrogado por mais 12 anos.
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Suape Global vê oportunidades de negócios
O presidente do complexo industrial, Frederico Amâncio, diz que Pernambuco vai se tornar um grande polo provedor de bens e serviços
Não ser um grande produtor de petróleo não é problema para o vice-presidente do Complexo Industrial de Suape, em Pernambuco, Frederico Amâncio. O crescimento do Nordeste, segundo ele, será garantido pela industrialização voltada para a cadeia de fornecedores do setor de petróleo e gás, que já está em pleno desenvolvimento, mas que também visa atender a construção de refinarias e outros segmentos como automobilístico e de energia eólica.
No ano passado, a produção industrial na região Nordeste subiu 8,1% e em Pernambuco 10,2%, perto dos 10,5% registrados pelo Brasil como um todo.
De olho nos bilhões que serão investidos para compra de equipamentos com forte conteúdo nacional — somente a Petrobras vai investir US$ 224 bilhões até 2015, ainda com pouca parcela para o pré-sal — 21 empresas de fornecedores para o setor já se instalaram em Suape, sendo a mais recente a Jaraguá, de equipamentos industriais, além de quatro estaleiros, uma refinaria (Abreu e Lima) e empresas petroquímicas.
Sob a marca Suape Global, Amâncio vê espaço para Pernambuco se tornar um grande polo provedor de bens e serviços para a indústria de petróleo e gás dentro e fora do país. Para isso, grupos de estudos foram formados para estruturar a formação de profissionais e eventos como a recente Pernambuco Petroleum Business estão sendo realizados. No ano que vem, pela primeira vez Suape terá um estande na maior feira do setor, a OTC, em Houston, EUA.
“Estamos em processo de uma nova revolução industrial no país e o setor de petróleo é o que mais cresce, o objetivo é atrair o segundo e terceiro nível da cadeia de fornecedores. Para ter competitividade temos que ganhar escala”, alerta.
Situado na extremidade oriental da costa da América do Sul, o complexo de Suape tem a vantagem de contar com um porto a apenas oito horas de distância da costa americana e do Leste Europeu e ser interligado a 160 portos do mundo inteiro.
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Inaugurada fábrica da Jaraguá em Suape
Mais uma empresa passa a integrar a cadeia de petróleo, gás e offshore em Pernambuco graças ao projeto Suape Global. Um ano após o início das negociações com o Governo, a Jaraguá Equipamentos Industriais no Complexo Industrial Portuário chegou a Suape. Nesta quarta-feira (07), o governador Eduardo Campos inaugurou as instalações da fábrica, que investiu R$ 15 milhões e, a princípio, vai fornecer fornos para outros empreendimentos pernambucanos como a Refinaria Abreu e Lima e a Petroquímica Suape.
A solenidade foi acompanhada pelos operários da fábrica, que abriu cerca de mil empregos diretos e indiretos. No entanto, o empreendimento já nasce com a promessa de ampliação. Com uma área de 56.700 m², a expansão prevê o acréscimo de 8 mil m² à sua planta. “Dentro de um ano e meio nossa expectativa é ampliar o nosso faturamento em 30% e dobrar a nossa mão de obra”, disse Wagner Othero, presidente da Jaraguá, durante entrevista coletiva.
Além de Pernambuco, a companhia possui três unidades fabris em São Paulo (Osasco, Sorocaba e Itapevi) e outra em Alagoas (Marechal Deodoro). O início das operações da empresa em Suape é considerado estratégico para a economia pernambucana. “Com a presença da Jaraguá vamos consolidar e adensar as cadeias produtivas do petróleo, gás e off shore que vão mudar a matriz econômica deste estado ao desembarcar fora do Complexo de Suape. Nós estamos conseguindo fazer ressurgir a indústria têxtil e dar suporte ao nosso Polo de Confecções”. Esta aqui é uma fábrica de fábricas”, cravou Eduardo.
Falando para os funcionários da empresa, Eduardo pregou otimismo em relação ao futuro da fábrica pernambucana. “Daqui a um tempo não muito distante, este aqui será o centro das decisões da Jaraguá no Brasil. Vocês estão posicionados num ponto estratégico para quem trabalha com a cadeia do petróleo, que supre não só a construção da Refinaria e da Petroquímica pernambucanas, mas das outras refinarias do Nordeste e ainda o que há de demanda na costa africana.”, apostou. “Queremos participar desse momento de Pernambuco, espalhando o desenvolvimento econômico e social por todo estado”, disse o presidente do conselho administrativo da Jaraguá, Álvaro Bernardes Garcia.
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Pernambuco no caminho da economia verde
Dentre os acordos assinados está a chegada do grupo holandês Oxycom para montagem de uma fábrica de equipamentos eficientes de ar condicionado, em Moreno, às margens da BR-232
Pernambuco ganhará, entre 2012 e 2013, quatro novos investimentos na área de economia verde. Dentre os acordos assinados nesta quarta-feira (7), durante coletiva promovida pela Secretaria de Meio Ambiente, no Porto Digital, está a chegada do grupo holandês Oxycom para montagem de uma fábrica de equipamentos eficientes de ar condicionado, em Moreno, às margens da BR-232. Também aportará uma fábrica de barcos elétricos, em Jaboatão dos Guararapes, além de uma de turbinas e lâmpadas LED, em Lajedo, no Agreste. Garanhuns, também no Agreste, ganhará o primeiro Centro de Tecnologia Climática do mundo.
Por meio de um investimento de R$ 100 milhões, os aparelhos de ar condicionado central terão a vantagem de economizar até 65% de energia e ter a capacidade de renovar o ar quatro vezes ao dia, o que diminui drasticamente a transmissão de doenças. O sistema dispensa compressores e gases. A Oxycom pensa em, posteriormente, fabricar aparelhos para carros elétricos. As operações vão demorar quase um ano para começar. A Oxycom possui uma estrutura provisória Olinda.
Através de uma Parceria Público Privada (PPP), o Estado também pode se tornar fabricante de barcos com motorização elétrica (e-boats) para navegação em rios. A intenção é instalar um estaleiro em Jaboatão e também comprar equipamentos de estaleiros locais de menor porte. O negócio envolve, além do governo do Estado e da prefeitura de Jaboatão, a Solar Sailor, empresa responsável pela tecnologia, e a Spark, escritório holandês de design. O transporte será movido basicamente por turbinas eólicas, hidrodinâmicas e painéis solares. “Um barco similar movido a óleo diesel consome 25 litros de combustível por dia, o que resulta num gasto de cerca de R$ 190 milhões por ano. O preço do barco ecológico, tipo de catamarã, sairá por, no máximo, R$ 200 mil”, calcula o representante da Solar Sailor, Robson Oliveira.
O objetivo é produzir os barcos aqui, vendê-los para a Amazônia e utilizá-los como transporte no Rio Capibaribe. Os chamados e-barcos podem transportar cargas e pessoas. O projeto foi apresentado ao Ministro da Integração, Fernando Bezerra Coelho, na última terça (6). Mas a falta de detalhes, a exemplo do valor do investimento, geração de empregos e calendário, deixa claro que o projeto ainda é bastante embrionário e depende de uma série de fatores.
O município de Lajedo irá ganhar uma fábrica de lâmpadas LED e turbinas eólicas verticais, formato ainda inédito no Brasil. O investimento inicial ficará entre R$ 40 e R$ 50 milhões. A intenção é criar um novo polo de desenvolvimento na região. As operações começarão em março.
Os projetos estão agregados ao Centro de Tecnologia Climática, em Garanhuns, voltado para aplicação de novas tecnologias, que terá ligação com a Organização das Nações Unidas (ONU). O local envolve parcerias com o Itep e a UPE e começará a funcionar no início de 2012.
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Fábrica de ar condicionado será instalada em Recife (PE)
Contrato no valor de US$ 300 milhões será assinado entre empresas brasileiras e grupo holandês
A capital pernambucana ganhará, nesta quarta-feira (07), uma nova fábrica de ar condicionados. O contrato, no valor de US$ 300 milhões (cerca de R$ 537 milhões), será assinado às 17h entre empresas brasileiras e o Grupo Holandês Oxycom.
O equipamento holandês é considerado pela ONU um dos mais eficientes já fabricados, pode durar até 15 anos e economiza 75% de energia, e tem um gasto oito vezes menor em relação aos convencionais. Além disso, não utiliza compressor nem gás em sua constituição e permite que o ar de ambientes fechados seja 100% renovado, quatro vezes a cada hora, o que melhora a sensação térmica e a qualidade do ar nesses ambientes. O projeto envolve investimentos de ambas as partes, num volume de R$ 100 milhões.
Na ocasião, também será apresentado o comitê organizador e apoiador do Centro de Tecnologia Climática Aplicada (CTCA) e suas primeiras iniciativas. Este Centro é fruto de parceria do Governo de Pernambuco com o Governo da Itália. Em setembro, o secretário estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Sérgio Xavier, e o ministro do Meio Ambiente da Itália, Corrado Clini, assinaram, em Nova York, o termo de cooperação para promover e ampliar o uso de tecnologias limpas, de eficiência energética e de energias renováveis, além de facilitar transferências tecnológicas.
As equipes da secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), do Ministério do Meio Ambiente da Itália e do Fórum das Américas se reúnem no Recife para planejar a construção da sede do CTCA, nos mesmos moldes do Sino Italian Ecological and Energy Efficient Building (SIEEB), localizado em Pequim, na China.
O prédio será autossustentável, e terá 100% da sua energia produzida por ele mesmo, e será o primeiro centro tecnológico do mundo a se dedicar exclusivamente a desenvolvimento e aplicação de tecnologias já pesquisadas por institutos e empresas nacionais e internacionais. O projeto está avaliado em US$ 40 milhões (cerca de R$ 71,6 milhões).
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Nordeste corresponde a 18% de novas franquias no Brasil
O modelo de franquias vem crescendo e se desenvolvendo cada vez mais no mundo todo e em várias regiões do Brasil. Este tipo de negócio divide responsabilidades entre vários empresários em busca de um fator econômico estável e lucrativo através de várias unidades que sustentam um nome.
Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), o Norte e o Nordeste são considerados as regiões mais emergentes do país neste segmento com 18% do total de distribuição de unidades.
O objetivo dos empresários é criar miniunidades de grandes marcas na região, o que ajuda na rentabilidade e na diminuição de custos, aumentando o poder quando o ramo necessita de fornecedores locais.
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Oportunidades de investimento no Nordeste apresentadas na Coréia
O encontro reuniu cerca de 50 investidores coreanos
Em missão na Coréia do Sul, a delegação dos estados nordestinos, coordenada pela Sudene, foi convidada pela Sociedade Korea-Brasil (Kobras) a apresentar as oportunidades de investimento no Nordeste e o estágio atual das Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs) na Região.
O encontro reuniu cerca de 50 investidores coreanos. Na ocasião, Guilherme Rebouças, Diretor da Sudene, apresentou panorama das economias brasileira e nordestina. Os representantes estaduais detalharam as oportunidades de investimento e os setores competitivos em seus respectivos estados.
Yong-Jae Kim, Secretário Geral da Kobras registrou, em agradecimento ao Diretor Guilherme, que "esperamos realizar mais atividades e organizar mais eventos em várias áreas, a fim de estreitar os laços de amizade e contribuir para a futura cooperação com o Brasil, mais precisamente com a Sudene".
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Obras de grande porte podem movimentar mais de R$ 2 bi em Sergipe
Recursos podem chegar a R$ 16 milhões entre 2012 e 2014
Em parceria com o Governo Federal, por meio do Ministério da Integração Nacional, o governo do estado de Sergipe dá início às obras do Canal de Xingó, cujo investimento na primeira etapa será de R$ 15 milhões, dos quais R$ 13,5 milhões do Governo Federal e R$ 1,5 milhão do Governo do Estado. O custo total de implantação da obra está orçado em cerca de R$ 2,4 bilhões.
Outro compromisso firmado pela parceria com o Ministério da Integração Nacional foi a oficialização do programa 'Água para Todos' em Sergipe (o primeiro do país), onde serão disponibilizados 120 sistemas simplificados de abastecimento de água (poços artesianos e caixas de retenção), além de 50 barreiros para pequenos agricultores sergipanos. O investimento será de R$ 16 milhões entre 2012 e 2014.
O canal terá 305,7 km de extensão, com vazão de 33m³ por segundo, passando (por gravidade) pelos municípios de Canindé de São Francisco, Poço Redondo, Porto da Folha, Monte Alegre de Sergipe e Nossa Senhora da Glória (onde se interligará com outros sistemas de abastecimento existentes), municípios que estão entre os com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) no Nordeste.
Pelas projeções apresentadas, o canal viabilizará diversas atividades produtivas a exemplo de agricultura irrigada, pecuária (beneficiando a bacia leiteira existente na região), além de apoio para a agricultura de sequeiro, o que deve promover a geração de uma renda anual líquida para a área diretamente beneficiada superior a R$ 300 milhões.
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Mais de 60% das micro e pequenas empresas se concentram no interior do país
Quase metade das MPE, 47%, está em cidades com menos de 200 mil habitantes
Segundo dados são do Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa, realizado pelo Sebrae em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a concentração das micro e pequenas empresas (MPE) é maior no interior do país. Do total de 6,1 milhões de pequenos negócios, 30,7% estão nas capitais e 69,3% nos demais municípios. Quase metade das MPE, 47%, está em cidades com menos de 200 mil habitantes.
O levantamento mostra ainda que um em cada dois empreendimentos de pequeno porte está no Sudeste. Os quatro estados da região são os que reúnem o maior volume de negócios do país. Juntos, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais possuem 3,1 milhões de empresas. Na região Sul, há 1,4 milhão de negócios (23%). No Nordeste, existem 917 mil micro e pequenos empreendimentos, o que equivale a 15% do total. No Centro-Oeste, são 451 mil empresas (7%) e no Norte, 215 mil (3,5%).
São Paulo é a unidade da federação que possui o maior volume de micro e pequenos negócios: 1,8 milhão de empresas. Em seguida, aparecem Minas Gerais e Rio Grande do Sul, com 688 mil e 601 mil, respectivamente. No outro extremo, Roraima aparece com o menor volume de negócios. Em todo o estado, há 8,6 mil MPE, de acordo com o Anuário.
Localizada em João Monlevade, cidade com cerca de 70 mil habitantes no interior de Minas Gerais, a Medilab, laboratório de análises clínicas de pequeno porte, virou referência em gestão no Brasil. Em 2010, ganhou o prêmio MPE Brasil do Sebrae em função do trabalho desenvolvido em gestão e qualidade. “Utilizamos uma ferramenta de gestão que adota uma série de critérios de planejamento estratégico, de processos, de resultados, de atendimento ao cliente, o que nos garantiu esse reconhecimento de ser empresa modelo”, afirma o médico e empresário Marcelo Barroso Moreira. O empreendimento possui 24 funcionários.
No Sul do país é onde há maior concentração de empresas no interior. De cada 100 MPE, 81 estão fora da capital. Na região Sudeste, a proporção é de 68 micro e pequenos negócios no interior para cada 100 empresas. No Nordeste, o número alcança 65,3% no interior, enquanto nas regiões Norte e Centro-Oeste cai para 57,8% e 53,7%, respectivamente.
O Anuário do Trabalho da Micro e Pequena Empresa é uma publicação feita pelo Sebrae, em parceria com o Dieese, com base em diferentes fontes de informação. O objetivo é reunir um conjunto de dados sobre o perfil e dinâmica do segmento dos micro e pequenos empreendimentos. A pesquisa utiliza informações da Rais, registro administrativo do Ministério do Trabalho e Emprego, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), do Dieese, da Fundação Seade e convênios regionais
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Micro e pequenas empresas registram década de crescimento
Conforme revela o Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa, divulgado na última segunda-feira (5), em São Paulo, o crescimento da classe C, o fortalecimento do mercado interno, o aumento real do salário mínimo, a criação de empreendimentos por oportunidade e volta do crédito produziram um cenário positivo para os pequenos negócios na última década.
O estudo mostrou que a remuneração dos empregados de micro e pequenas empresas cresceu 14,3% entre 2000 e 2010 – em valores reais, já descontada a inflação do período. No mesmo prazo, os salários nas grandes e médias empresas avançou 4,3%. “Vamos manter este crescimento, gerado a partir do mercado interno, ao longo de 2012. O Brasil tem hoje mais condições de enfrentar a crise do que em anos anteriores. Vamos continuar crescendo, com geração de emprego e renda”, disse Barretto.
Segundo o diretor do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, o Brasil apostou na escolha correta ao estruturar sua dinâmica econômica vigorosamente orientada pelo investimento no mercado interno. “Aquilo que o país fez em meados dos anos 2000 está sendo considerado a solução para o desenvolvimento mundial. Isto exerce impacto extremamente positivo na micro e pequena empresa”, observou.
Sobre a informalidade de empresas no Brasil, o presidente Luiz Barretto lembrou que o Programa do Empreendedor Individual já regularizou quase 2 milhões de pessoas no país. “Toda vez que o ambiente legal melhora, para o empreendedor há um impacto grande”, frisou. O presidente do Sebrae destacou conquistas importantes para as MPE nos últimos anos, como a criação do Simples Nacional e do Empreendedor Individual. Também ressaltou o recente reajuste nos tetos do Simples. Para o presidente, a medida permitirá crescimento permanente da formalização.
Segundo ele, deverá haver um bom rendimento deste programa em 2012, com o aumento do teto e a diminuição do imposto. “Este é um programa forte, muito importante, que tem tido um crescimento e uma resposta da sociedade muito grande”, afirmou Luiz Barretto.
Barretto também defendeu a criação do chamado Simples Trabalhista. “Temos um Simples Tributário, mas não um Simples Trabalhista. Se precisássemos levantar um tema na próxima década, este certamente seria um assunto relevante para a micro e pequena empresa”, afirmou.
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Consumo das famílias cresce 2,8% no terceiro trimestre deste ano, frente a 2010
A Despesa de Consumo das Famílias apresentou aumento, no terceiro trimestre do ano, de 2,8% frente ao mesmo período de 2010. Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que divulgou, nesta terça-feira (6), o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro do terceiro trimestre de 2011. No período, em comparação com o ano passado, o PIB variou 2,1%.
De acordo com o levantamento, este é o 32º aumento consecutivo deste componente da demanda interna para esta base de comparação, sendo que o crescimento de 2,6% na massa salarial real, aliado ao aumento de 18,3% do saldo das operações de crédito para as pessoas físicas, contribuiu para o resultado.
Trimestre - Na análise trimestral, em relação ao segundo trimestre de 2011, o consumo das famílias registrou queda de 0,1%, enquanto o PIB apresentou variação nula no período.
Ainda sobre o PIB, no acumulado do ano até setembro houve alta de 3,2% e no acumulado dos quatro trimestres terminados no terceiro trimestre de 2011, o crescimento foi de 3,7% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.
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Classes D e E estão comprando mais itens além do básico
Nos 12 meses anteriores a setembro, as classes D e E superaram, pela primeira vez, a C em número de categorias presentes em mais de 70% dos lares, segundo a consultoria Kantar Worldpanel. Em um levantamento realizado com 63 tipos de produtos, entre alimentos, bebidas e higiene e beleza, 39 já podem ser considerados consolidados nos lares com renda de até quatro salários mínimos. De 2002 para cá, essas famílias aumentaram em 85% o número de categorias frequentes na cesta de compras. Foi essa faixa de renda que mais contribuiu para o crescimento do consumo total no terceiro trimestre, com aumento de 4,1% em volume, acima da média de 2,7%. O consumo da classe C avançou bem menos no período, 1,6%, enquanto cresceu 2,8% nas A e B. Já a classe C tem outras aspirações agora, como viajar ou equipar o lar com eletrodomésticos. A e B querem comprar mais produtos de luxo. Já as classes D e E, quando ganham mais, priorizam os bens de consumo não duráveis. Entre os itens com maior crescimento nas classes D e E estão colônia, pós-xampu, inseticida e amaciante. O sabão líquido para lavar roupas, ainda em fase de experimentação pela população de renda mais alta, conquistou 1,9 milhão das famílias que ganham até quatro salários mínimos em um ano. Produtos como xampus específicos para os cabelos das crianças e alvejantes sem cloro também ganharam espaço. As classes D e E acompanham uma tendência geral de sofisticação do mercado. Para conquistar as famílias de menor renda basta que o preço caiba em seu bolso.
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Para 76% dos consumidores, internet é sinônimo de preço baixo
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Ibope Media, 76% dos consumidores veem a internet como sinônimo de preço baixo. Estes usuários que compram pela web têm por objetivo encontrar ofertas, descontos, leilões e portais de compras virtuais, o que torna esse mercado muito visado no período de fim de ano, principalmente no Natal.
Além disso, o estudo mostra que 70% das pessoas que acessam a rede visitam lojas virtuais. Alexandre Crivellaro, diretor de inovação do Ibope Media, revela que o primeiro lugar é das lojas de varejo, em segundo ficam os leilões virtuais e em seguida os sites de compras coletivas.
O mercado de compras coletivas cresce 300% nos últimos 12 meses, oferece diversas opções de presentes, como produtos e serviços com desconto. Roberto Cardaretti, fundador e CEO do Mix Oferta, afirma que o mercado tem apresentado um comportamento voltado para a nova classe média brasileira, o que contribui para mudar o modelo de negócios dos sites.
Crivellaro afirma que os produtos mais desejados para compra são smartphones e notebooks. Segundo ele, o comércio eletrônico deve faturar R$ 20 bilhões este ano. “O faturamento das lojas virtuais cresce mais do que a própria internet", diz.
Além disso, afirma que até 2016, 7% das compras virtuais serão realizadas pelo celular.
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PIB do Brasil fica estável, mas continua melhor do que países ricos
Mesmo com a estabilidade do PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre, na relação com o trimestre imediatamente anterior, o Brasil continua em posição favorável em relação às maiores economias do mundo. A economia brasileira cresceu 2,1% na comparação do terceiro trimestre deste ano com o mesmo período de 2010.
De acordo com dados divulgados nesta terça-feira (6) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a economia brasileira ficou estável no terceiro trimestre deste ano, ante crescimento de 0,7% no segundo trimestre (dado revisado). De julho a setembro, o PIB cresceu, porém, 2,1% em relação ao mesmo período de 2010.
Com o resultado, a economia do país acumula alta de 3,2% nos três primeiros trimestres do ano e 3,7% nos últimos 12 meses (quatro trimestres).
A estabilidade deste período já era esperada por parte dos analistas, enquanto muitos acreditavam que o resultado seria negativo devido a influência da desaceleração da economia mundial, com quedas nos crescimentos de países ricos, como França, Espanha e Itália, e nos últimos meses, a desaceleração da China (que recuou de 9,5% no segundo trimestre deste ano para 9,1% no terceiro).
Os destaques positivos são os esboços de recuperação dos Estados Unidos e Japão, cuja economia registrou alta de 0,6% no terceiro trimestre, ante o segundo, e alta de 1,6% na comparação com o mesmo período de 2010. No Japão, o PIB subiu 1,5% no terceiro trimestre, ante o segundo, mas ainda acumula perda, de 0,2%, na relação com o terceiro trimestre de 2010. Mas as duas economias vêm dando mostras de aquecimento. Destaque para a redução da taxa de desemprego dos EUA, que caiu para 8,6% em novembro, ante 9% em outubro, oferecendo um sinal de esperança para a economia.
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Afetada por crise, Cargill anuncia redução no quadro de funcionários
A Cargill anunciou que irá reduzir a sua força de trabalho em 1,5%, cerca de 2 mil pessoas de um quadro mundial de 138 mil funcionários. A maior parte do corte ocorrerá no primeiro semestre 2012. Segundo a empresa, a decisão refere-se a persistente debilidade da economia internacional e faz parte do esforço da companhia de reduzir custos e simplificar os processos de trabalho. “As condições econômicas mudam, e nós também precisamos mudar”, afirmou Mike Fernandez, vice-presidente corporativo da Cargill Corporate Affairs. “Infelizmente, isso impacta pessoas talentosas que fizeram contribuições importantes para a nossa empresa. São decisões difíceis, mas necessárias para melhor posicionar a empresa para o crescimento” completa.
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Pizza congelada é a nova aposta da Gomes da Costa
A Gomes da Costa, líder nacional em vendas de pescados enlatados, apresenta mais uma inovação na linha de pratos prontos: Pizzas de Atum congeladas. Práticas e com sabor caseiro, chegam ao mercado em dois sabores exclusivos: Pizza de Atum com Mussarella, Cebola e Azeitonas Pretas e Pizza de Atum com Mussarella, Tomate e Azeitonas Verdes. As pizzas não contêm conservantes e gordura trans e são saudáveis, pois o atum contêm Ômega 3. O preparo é rápido: apenas 12 minutos ao forno. As duas versões vêm em embalagens de 390 gramas e o preço sugerido ao consumidor é de R$ 9,99.
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Heineken instala sofá em praia do Rio de Janeiro
A Heineken está promovendo uma ação global para oferecer uma experiência nova aos seus consumidores. Trata-se de um móvel posicionado em local ideal para as pessoas apreciarem o nascer do sol. O início de projeto da marca tem o Rio de Janeiro como um dos cenários escolhidos, junto com outras quatro importantes metrópoles mundiais. Nessa ação, um sofá de design exclusivo está instalado na praia de Botafogo e permanece por lá até o dia 12 de dezembro, quando novidades do projeto serão anunciadas.
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Del Valle lança Limão & Nada, bebida de limonada e sem conservantes
A Del Valle, marca do portfólio da Coca-Cola, anunciou o lançamento de Del Valle Limão & Nada, novidade que promete mudar o que os consumidores esperam dos sucos e néctares. A bebida é a autêntica limonada feita com suco da fruta e sem nenhum conservantes, por isso o nome “Nada”.
O suco Limão & Nada, lançado inicialmente em Recife e em João Pessoa, será comercializado em garrafas Pet de 1 L e 300 ml. A embalagem conta com uma tecnologia chamada Hot Fill, que permite a retirada dos conservantes na fórmula do produto. O preço sugerido nos supermercados é: 1L: R$ 4,49 e 300ml: R$ 2,50.
Além disso, Dell Valle Limão & Nada já está nas prateleiras dos mercados, restaurantes e lanchonetes de Curitiba, área de atuação da Spaipa, fabricante Coca-Cola no Paraná e interior de São Paulo.
No mês de outubro, a marca promoverá ações com exposição do produto nas praças de alimentação dos principais shoppings, ações de valor e sampling, restaurantes, padarias e lojas de conveniência.
A partir do dia 15 de novembro, a campanha será veiculada em revistas, internet, TV aberta e paga. Em breve, a Del Valle promete estender a linha com novos sabores ainda mais refrescantes.
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Marfrig adquire 10 marcas da Brasil Foods
A Brasil Foods fechou acordo com a Marfrig para ceder os ativos de que teria que se desfazer por determinação do Cade para concluir a fusão entre Sadia e Perdigão. Para aprovar a fusão entre Sadia e Perdigão, o Cade obrigou a Brasil Foods a vender, a um só grupo, 10 fábricas, 4 abatedouros, 12 granjas, 4 fábricas da ração, 2 incubatórios de aves e 8 centros de distribuição. Passarão para a Marfrig as marcas Rezende, Wilson, Texas, Tekitos, Patitas, Fiesta, Escolha Saudável, Light Ellegance, Freski, Confiança, Doriana e Delicata.
Haverá permuta entre marcas e instalações das duas companhias. Em troca do que será cedido pela BRFoods, a Marfrig cederá parte dos ativos da marca Paty na Argentina, líder no mercado de hambúrguer no país, as marcas das linhas de processados Paty, Barny e Estancia Sur, granas de suínos e propriedade rural no Mato Grosso, operações comerciais da Paty no Uruguai e no Chile, além de pagar R$ 200 milhões adicionais.
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Código de barras avisará sobre produtos vencidos
A Associação Paulista de Supermercados (Apas) desenvolve um novo modelo de código de barras que impossibilitará a venda de produtos fora do prazo de validade. A iniciativa, que deve começar a ser utilizada em 2013, prevê a instalação de um software nas balanças e nos caixas dos supermercados. "Quando o cliente chegar ao caixa, a tecnologia acusará que o produto está vencido", diz o presidente da entidade, João Galassi. Hoje o controle é manual, o que acarreta em mais produtos vencidos nas prateleiras dos supermercados. Em pesquisa feita nos últimos 40 dias, 56,2% dos estabelecimentos registraram reclamações sobre mercadorias fora do prazo de validade. As principais ocorrências são de alimentos perecíveis (35,6%) e produtos de mercearia (24,7%).
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Brasil ganhou 2,7 mi de empreendedores em 10 anos
O número de proprietários de micro e pequenas empresas no Brasil aumentou em 2,7 milhões de 2000 para 2009. O total de empreendedores chegou a 22,9 milhões, o que representa 22,7% da população economicamente ativa do País.
Deste total, quase 19 milhões são profissionais autônomos que conduzem o próprio negócio e 3,9 milhões são empresários que empregam trabalhadores. Os dados constam no Anuário do Trabalho da Micro e Pequena Empresa, divulgado hoje na capital paulista pelo Sebrae.
De acordo com o presidente da entidade, Luiz Barretto, a estabilização da economia nacional na última década criou oportunidades para abertura de negócios, situação diferente da verificada em períodos anteriores, quando a necessidade do trabalhador motivava a criação de uma empresa. “O empreendimento motivado por oportunidade tem característica de maior formalização e longevidade, diferente do negócio aberto como último recurso do trabalhador”, afirmou. “A formação de um mercado interno mais vigoroso na última década proporcionou oportunidades.”
O anuário destaca ainda o aumento da escolaridade da população como fator que impulsionou a abertura de novos negócios de 2000 a 2009. Quase dois terços, ou 60,1% dos empregadores possuíam em 2009 ao menos o ensino médio completo. Entre os trabalhadores por conta própria esse número chegou a 29,4%. “O aumento da taxa de sobrevivência é um reflexo do crescimento da escolaridade nas micro e pequenas empresas”, lembrou Barretto, ao citar estudo do Sebrae que apontou, em outubro, que a cada 100 micro e pequenas empresas abertas no País 73 permanecem em atividade após os primeiros dois anos de existência, período considerado mais crítico.
Setores - O estudo do Sebrae mostra que o setor de serviços aumentou sua participação no total de micro e pequenas empresas. Em 2000, 29,9% delas se encontravam neste ramo de atividade. Dez anos depois o orcentual subiu para 33,3%. A maior parte das micro e pequenas está no comércio (51,5%), participação que caiu em relação ao ano 2000, quando a parcela era de 54,7%. “Comércio e serviços são atividades diretamente ligadas ao emprego e à renda, que tiveram seus níveis elevados nesta década”, disse o presidente do Sebrae.
Ainda conforme o anuário, do total de 6,1 milhões de micro e pequenas empresas do País 69,3% estão em cidades do interior. O presidente do Sebrae afirma que nos últimos dez anos houve no Brasil um aumento de renda nas cidades do interior, impulsionado principalmente pelo agronegócio e por obras públicas de infraestrutura. “O interior ganhou em capacidade de consumo e de oportunidades.”
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Planejamento de Marketing da Cremer amplia portfólio e reforça investimentos em marketing
Inovação | quando uma empresa entende que inovar não é sinônimo de aparelhos tecnológicos ela começa a caminhar por um outro nível, a das empresas que buscam competitividade sozinhas.
Com mais de 70 anos no mercado, fabricando itens como gazes e fraldas, a catarinense Cremer fez uma revolução interna e ampliou o portfólio para ir além das gôndolas das farmácias e lojas especializadas na área médica. Neste ano, começou a investir em marketing e em 2012 quer lançar, pelo menos, uma inovação por trimestre, seja em produto, formato ou embalagem.
O marketing, que praticamente inexistia na empresa até 2010, ganhou espaço. No momento, a Cremer busca uma agência de publicidade com a ideia de focar no ponto de venda. "O vendedor é o centroavante e o marketing é o meio de campo; a função da área é tocar a bola para o vendedor fazer o gol", comenta Alexandre Borges, presidente da Cremer.
A compra da fabricante de produtos de higiene pessoal Topz, que deve ser concluída até o fim do ano, também foi um passo para a Cremer se aproximar do consumidor final. Hoje a Topz responde por 20% das vendas e tem margens maiores do que a média da companhia. Ela agrega ao portfólio itens como escova de dente, protetor solar e xampus infantis e. Também agrega pontos de venda. A Topz tem presença em mais mercados do que a Cremer, que é mais forte em farmácias.
Algumas outras aquisições são consideradas para cobrir lacunas no portfólio de higiene e saúde. Antes, porém, a companhia quer organizar a casa, uma vez que, somente em 2011, comprou quatro empresas. Os custos com aquisições foram os principais causadores da queda de 53% ocorrida no lucro de janeiro a setembro. Segundo Borges, no próximo ano, o ritmo de compras será menor do que em 2011.
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Descarte Certo lucra com lixo de eletroeletrônicos
Empresa do grupo Ambipar investe R$ 66 milhões em seis fábricas para reciclar computadores, celulares e geladeiras. Não há como negar: a Política Nacional de Resíduos Sólidos, sancionada pelo presidente Lula há quase um ano, abriu caminho para um mercado do lixo cuja tendência é crescer e se ramificar. A vantagem é daqueles que saem na frente e percebem os novos nichos que deverão surgir à medida que se torna mais urgente a necessidade de dar uma destinação adequada aos milhões de toneladas de resíduos gerados todos os dias no país. Foi o que fez o Grupo Ambipar, que prevê faturar este ano cerca de R$ 350 milhões apenas com a gestão ambiental de resíduos - a maior parte vindo de empresas de grande porte, como Johnson&Johnson, Carrefour e Santander. O passo mais recente de expansão do grupo foi anunciado por Lucio Di Domenico, presidente e criador da Descarte Certo. Uma das oito empresas sob o guarda-chuva da Ambipar, e adquirida há apenas sete meses, a Descarte Certo vinha trabalhando como intermediária no recolhimento e destinação de produtos eletroeletrônicos, como celulares, notebooks e refrigeradores, e no encaminhamento a empresas e serviços de manufatura reversa, que retiravam o material aproveitável para reciclagem e revenda para a indústria. Agora, a empresa deve receber um aporte de R$ 66 milhões para que ela mesma execute todo o processo. "Estamos partindo para um novo patamar", afirma di Domenico, ex-executivo do antigo Banco Real, que aproveitou os conhecimentos na área de sustentabilidade adquiridos nas atividades do banco, para vislumbrar a oportunidade despertada com as necessidades atuais de gestão ambiental do lixo. Di Domenico e seu sócio, Ernesto Watanabe, se associaram ao Grupo Ambipar e ganharam recursos para crescer e sinergia para trabalhar com as outras unidades de negócio irmãs. Unidades próprias Com isso, a Descarte Certo pretende multiplicar o faturamento que este ano projeta ser de R$ 2,5 milhões. Para tanto, já deverá começar a funcionar no início do ano que vem a primeira unidade de manufatura reversa em Americana, interior de São Paulo, com capacidade de fazer a "desmanufatura", ou "desfabricação", como di Domenico gosta de brincar, de 3,6 mil toneladas de eletroeletrônicos por ano. "A meta do governo é retirar do mercado até 10% do material em 2014", diz o empresário. A fábrica de Americana, com 3 mil metros quadrados de área construída, que pretende abrigar, numa primeira fase, 70 empregados, não será a única. Em seguida, a Descarte Certo pretende inaugurar outra unidade no Rio Grande do Sul, em local ainda não definido, mas na Grande Porto Alegre, para receber os eletroeletrônicos usados da região. Outras unidades se seguirão em todo o Brasil. Até 2028, prazo do investimento, a empresa pretende ter seis "desmanufaturas" em todo o país, sendo quatro equipadas com manufatura reversa de refrigeradores e ar-condicionado. Pelo cronograma, no ano que vem, será definido o local da fábrica no Nordeste, complementando assim a primeira fase de investimentos. De 2013 a 2015, numa segunda fase, será feita a automatização da fábrica paulista, implantada uma linha de manufatura reversa de refrigeradores no Sul, e a automatização da linha de eletrônicos gaúcha; depois será implantada uma nova unidade de refrigeradores no Sudeste e outra de eletrônicos no Centro-Oeste. Na terceira e última fase, será implantada uma outra linha de eletrônicos no Sudeste e de refrigeradores no Nordeste; além de inaugurada uma fábrica na região norte e a automatização da segunda linha de eletrônicos no Sudeste. "Com bases em todo o Brasil, a meta de destinar pelo menos 10% dos produtos para reciclagem será alcançada", prevê di Domenico. Ele calcula que mais de cem produtos poderão ser direcionados para a manufatura reversa em todo o país. Mas com um horizonte tão ambicioso, a Descarte Certo tem planos para crescer também na variedade de manufatura reversa. "Nosso objetivo é partir dos eletroeletrônicos e depois recolher também móveis, borrachas (pneus e calçados), e material de construção", complementa di Domenico.
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