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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Notícias de Mercado - Clipping 11 a 17/11

Shineray desembarca hoje 400 utilitários
A montadora chinesa Shineray desembarca no Porto do Recife, hoje, sua primeira carga de veículos utilitários. A importação será mensal. São vans, minicaminhões e furgões de motor 1.0 a gasolina. A empresa tenta liberar a mercadoria antes do dia 16 do mês que vem, para não ter incidência nos produtos da alta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). O registro da carga antes ou depois dessa data influenciará diretamente no preço de venda dos veículos.
A carga é de um total de 400 utilitários que serão distribuídos em Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Norte. Dentro do Estado eles vão para a Região Metropolitana do Recife e para Caruaru. A ideia é trazermos um navio por mês, diz o diretor da Shineray, Paulo Perez. Ele afasta a possibilidade de a empresa instalar no Brasil uma fábrica de automóveis.
As estimativas iniciais de preços dos automóveis não levaram em conta a nova alíquota do IPI. Como poderá haver a necessidade de recálculo de preços, com a alta do IPI, os valores iniciais dos 200 minicaminhões com capacidade de transporte de até 800 quilos e que chegarão da China para o consumidor sairão por volta de R$ 22 mil.
Outros cem furgões, para o transporte de mercadorias, custarão cada um por volta de R$ 21,5 mil (igualmente sem contar um IPI mais alto).
Observando a mesma condição de um imposto que ainda pode ser recalculado, no caso das cem vans, com sete lugares para os passageiros mais um para o motorista, os preços sairão por volta de R$ 28 mil.
Para as vendas, a ideia da montadora é abrir uma rede de concessionárias Shineray Automobile, com uma primeira loja funcionando no Recife.
Tanta expectativa sobre o IPI é porque o governo federal, em setembro, editou um decreto que determina o aumento do imposto apenas para os veículos com um índice de nacionalização abaixo de 65%, o que afeta diretamente a importação de automóveis.
A aplicação seria imediata, mas o Supremo Tribunal Federal (STF), ao julgar o caso, determinou que as regras só valerão após o dia 15 do mês que vem.
Em meio às negociações para a atração de uma fábrica de US$ 2 bilhões da Volkswagen para Pernambuco, o governador Eduardo Campos comentou que um segundo decreto do governo federal será publicado até o dia 15, para regulamentar e detalhar as regras da nacionalização que deverão ser seguidas pelas montadoras nacionais.
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A noite do Orgulho de Pernambuco
A próxima segunda-feira (21/11) é dia de homenagear as empresas e personalidades que se destacaram em 2011 com o prêmio Orgulho de Pernambuco. Serão 30 homenageados com o título concedido pelo jornal Diario de Pernambuco, que chega este ano à sua nona edição. O evento de entrega será no auditório da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), às 19h30, para cerca de 1 mil convidados. Entre os homenageados estão nomes como o da ministra do Tribunal de Contas da União Ana Arraes e empresas do porte da Fiat Automóveis SA, Grupos Cornélio Brennand e Votorantim, além da Refinaria Abreu e Lima.
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Investidores querem que a PepsiCo se divida em duas empresas
Os investidores nos EUA querem que a PepsiCo, dona da Quaker e das batatas fritas Ruffles, separe a divisão de alimentos da divisão de refrigerantes, assim como fez a Kraft no mês passado, informa o jornal Financial Times. O desmembramento das operações valorizaria as ações da PepsiCo na visão dos investidores, mas a ideia é contestada pela presidente da companhia, Indra Nooyi. A Pepsico informou no início deste mês que irá revelar, no começo de 2012, as conclusões de uma revisão estratégica dos seus negócios. No Brasil, a PepsiCo está investindo na divisão de alimentos. A empresa acaba de pagar uma cifra estimada em R$ 800 milhões pela fabricante brasileira de biscoitos Mabel. A meta da multinacional é ser líder no setor no Brasil. Para isso, o grupo deve avaliar novas aquisições, segundo fontes do setor. As pressões para que a PepsiCo desmembre suas divisões deve crescer, afirma o Financial Times, principalmente depois de o investidor ativista Nelson Peltz ter comprado US$ 150 milhões em ações da companhia, por meio de sua administradora de fundos, a Trian Fund Management. Embora a participação seja relativamente pequena em relação ao valor de mercado de PepsiCo, de US$ 100 bilhões, a entrada de Peltz no capital da companhia sinaliza que a demanda para elevar o valor da companhia deve se acentuar. Em junho, Peltz comprou US$ 420 milhões em ações da Kraft. Dois meses depois, a Kraft anunciou planos para desmembrar as suas divisões.
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JAC inicia operações na Bahia em março de 2014 com modelo novo
O presidente da JAC Motors no Brasil, Sergio Habib, disse nesta quarta-feira, 16, que a fábrica da montadora no País vai iniciar suas operações em Camaçari, na Bahia, em março de 2014. O investimento será de R$ 900 milhões para uma produção de 100 mil carros por ano. A previsão é que 3,5 mil empregos diretos sejam gerados, além de 10 mil indiretos. A composição societária da empresa será de 80% do Grupo SHC, de Habib, e 20% da Jac China. "Seremos uma montadora de capital nacional", disse, durante cerimônia no Espaço Unique, em Salvador, de anúncio da instalação da unidade da fábrica, com a presença do governador do Estado, Jaques Wagner. Na fábrica, a empresa pretende produzir dois modelos, um hatch e um sedã, ambos com preço abaixo dos R$ 40 mil, com motorização 1.4 e 1.5, flexfuel. Segundo Habib, serão carros novos, que ainda não existem no mercado. É por esse motivo que a empresa vai iniciar suas operações apenas em 2014. "A limitação não é a fábrica em si, que conseguiremos fazer em 12 meses, mas licenças ambientais e, principalmente, o projeto do carro", afirmou. "A fábrica ficará pronta antes, mas será um carro novo. Estamos prevendo para 2014 os primeiros carros a saírem da fábrica.
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Ronaldinho Gaúcho agora é da Coca-Cola
Ronaldinho Gaúcho fechou seu primeiro contrato publicitário de peso desde que voltou ao Brasil. O jogador do Flamengo assinou com a Coca-Cola até 2014. A informação é do jornalista Lauro Jardim, da coluna Radar, na revista Veja desta semana. Ronaldinho, que já foi garoto propaganda da Pespi, agora é a estrela da concorrente. A primeira campanha em que vai aparecer como garoto-propaganda da marca de refrigerantes será uma promoção de um campeonato Sub-15. Por esta aparição, Ronaldinho Gaúcho vai receber R$1,5 milhão.
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Caruaru negocia fábrica de R$ 50 mi
A multinacional americana Procter & Gamble, que atua em vários segmentos, tem interesse de instalar uma unidade para produzir a batata frita Pringles no Agreste
Executivos da multinacional americana Procter & Gamble (P&G) desembarcam hoje em Caruaru, no Agreste do Estado, para analisar a cidade como possível destino para duas fábricas orçadas em R$ 50 milhões.
Atuando em diversos segmentos (lâminas Gillette, fraldas Pampers, Pantene, Oral-B, Duracell etc.), o grupo pretende instalar sua indústria numa área de 10 hectares. A P&G quer instalar uma planta para produzir a batata frita Pringles e outra apenas para a confecção das embalagens cilíndricas do produto. As duas unidades, quando em funcionamento, irão criar 450 empregos diretos.
O investimento seria feito, inicialmente, no Estado de Goiás. As obras das fábricas chegaram a começar quando foram detectados problemas com o abastecimento de água na região. Diante do entrave, a empresa caiu em campo para encontrar, o mais rápido possível, um novo destino para os empreendimentos.
Pesam a favor da cidade pernambucana a disponibilidade de terrenos nas duas etapas do Distrito Industrial (que hoje possui 100 empresas instaladas), a oferta regular de água e a posição privilegiada, próximo às rodovias BR-232 e 104 (que passa atualmente por obras de duplicação). Procurado pelo JC, o prefeito de Caruaru, José Queiroz, confirmou o encontro e adiantou que serão discutidos hoje benefícios como a cessão da área, isenção no pagamento do Imposto Territorial e Predial Urbano (IPTU) e outros descontos fiscais oferecidos pelo governo do Estado.
O possível investimento em solo pernambucano acontece em meio as negociações de venda da marca Pringles para a gigante do mercado norte-americano de aperitivos Diamond Foods (dona de marcas pouco conhecidas no Brasil como a linha de batatas fritas Kettle ou de lanches a base de nozes Emerald).
Em abril deste ano, a P&G anunciou a transação, que atingirá a cifra de US$ 2,4 bilhões. A estimativa inicial era de que até dezembro a negociação estivesse concluída, porém, comunicados aos acionistas divulgados na semana passada informaram que o processo só deverá ser concluído em junho de 2012.
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Nordeste supera Sudeste no total de consumidores com 1º cartão de crédito
O Nordeste superou o Sudeste no número de consumidores com seu primeiro cartão de crédito no Brasil em 2011, segundo estudo divulgado nesta segunda-feira pela Serasa Experian.
A região concentra hoje 43% das novas adesões de todo o país, enquanto que o Sudeste responde por 36%. Na sequência, aparecem Sul (11,41%), Norte (6,04%) e Centro-Oeste (3,49%).
Em 2009, 48,28% eram do Sudeste e 29,31% do Nordeste. A Serasa Experian usou informações de 300 mil CPFs e fez comparativos entre os primeiros trimestres de 2009, 2010 e 2011.
A pesquisa aponta ainda um crescimento de adesões na classe E. “No primeiro trimestre de 2009, 52% do total dos solicitantes pertenciam a esse grupo social. Em 2010, esse número cresceu para 54,8% e, em 2011, para 58,5%”, diz em nota.
Em relação à inadimplência nos primeiros quatro meses após aquisição do cartão, o estudo aponta alta. “Em 2009, 7,9% dos novos consumidores ficaram com pendências nesse período. No ano passado, esse índice caiu para 4,8%, e, neste ano, houve uma pequena elevação para 5,2%”, afirma.
Segundo a Serasa, a maioria dos novos clientes de cartão de crédito estão no segmento chamado “periferia jovem”. O estudo considera as pessoas que passaram a contar com a opção nos últimos três anos.
“Esse grupo é formado por jovens trabalhadores de baixa renda com pouca qualificação e por estudantes de periferia e famílias que recebem assistência do Estado. Em 2009, 21,75% do total de solicitantes de cartões no Brasil pertenciam a esse segmento. Em 2010, essa porcentagem chegou a 23,43% e, em 2011, foi para 25,54%”, informa.
Em segundo lugar, aparecem os “aspirantes sociais”, com 15,33%. Fazem parte deste segmento profissionais em ascensão social, donos de pequenos negócios, jovens em busca de oportunidades e também consumidores indisciplinados.
“O levantamento mostra que os públicos emergentes prevalecem, refletindo o maior acesso ao consumo de bens e serviços, inclusive financeiros”, diz o presidente da Serasa Experian e Experian América Latina, Ricardo Loureiro.
Segundo ele, o estudo é também um alerta. “Como a maioria dos novos entrantes no mercado de cartões são os jovens da periferia, o risco de inadimplência precisa ser adequadamente monitorado, pois estes consumidores normalmente não possuem vivência no mercado de crédito.”
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Fiat fará jipinho na fábrica de Pernambuco
A aliança entre a italiana Fiat e a norte-americana Chrysler renderá seu primeiro grande fruto no Brasil em 2014. As duas empresas desenvolvem em silêncio um utilitário esportivo compacto para ser produzido na futura fábrica do grupo no município de Goiana (PE). Divulgação
Futuro Fiat será menor que Jeep Compass, que chega em 2012
A Folha apurou que o jipinho terá porte semelhante ao do recém-lançado Renault Duster(foto). Seu alvo será a segunda geração do Ford EcoSport, que chega às lojas no próximo ano.
A renovação deixará o carro mais refinado que o atual, que lidera o segmento com média de 3.000 emplacamentos mensais.
O jipinho Fiat marcará a estreia da marca nesse mercado em ascensão, importantíssimo para a manutenção da montadora no primeiro lugar do ranking geral de vendas.
Segundo dados da Fenabrave (federação das concessionárias), o crescimento dos emplacamentos de veículos utilitários foi de 15,9% em 2011, quase três vezes maior do que o da média geral (5%).
A versão Chrysler será posicionada em um patamar superior também de preço, para não haver canibalização entre eles. Deverá sair com o distintivo Jeep, mais adequado à proposta aventureira do produto -a Chrysler ainda é dona das marcas Dodge e Ram, esta última especializada em picapes.
Atualmente, Fiat e Chrysler oferecem em conjunto os “crossovers” Freemont e Dodge Journey.
O primeiro leva a marca italiana e tem motor quatro cilindros (172 cv). O segundo chega neste mês às lojas com pequenas mudanças visuais e o novo V6 Pentastar (286 cv).
A capacidade inicial de produção para a fábrica de Goiana, ao ser inaugurada em 2014, está estimada em 200 mil automóveis por ano. De lá sairá também o sucessor do Fiat Mille.
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Vale busca parceiros em Pernambuco
Representantes de mais de 60 empresas pernambucanas se inscreveram para encontro realizado na FIEPE com diretores da Vale, no dia 8. O evento, que teve como destaque de sua programação reuniões de negócios entre potenciais fornecedores e gestores da companhia, apresentou aos empresários locais os principais projetos e oportunidades previstos pela multinacional para 2012. A realização do encontro contou com o apoio do Centro Internacional de Negócios da Federação.
O presidente do CIEPE, Aurélio Nogueira, representou o presidente da Federação, Jorge Côrte Real, na abertura do evento. Nogueira elogiou a iniciativa e afirmou desejar que a multinacional não só faça parceria com empresas pernambucanas como também se instale no Estado. Presente na ocasião, o gerente geral de suprimentos da Vale, Rogério Amaral, enfatizou que esse encontro é um importante passo para a aproximação entre a companhia e o Estado. O encontro ainda contou com a presença do coordenador do Núcleo de Desenvolvimento, Articulação e Integração Industrial (NDI) da FIEPE, Antonio Sotero, e do presidente do Sinduscon, Gustavo Miranda.
As oportunidades disponibilizadas pela Vale para empresas pernambucanas são para projetos do Pará, Maranhão e Tocantins, com foco nos segmentos de super e infraestrutura, edificação, obra industrial, terraplanagem, drenagem, pavimentação e obras de arte especiais (construção de pontes, viadutos etc.).
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Refinaria auxilia infra em Pernambuco
Um convênio vai viabilizar a implantação de projetos de infraestrutura urbana e social nas regiões dos novos empreendimentos da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, cujas operações vão causar um grande impacto na economia nacional.
“Dois em cada dez caminhões utilizarão diesel produzido em Pernambuco. Os 25.837 metros cúbicos que sairão da Abreu e Lima representam 18% do consumo nacional”, informou Paulo Roberto Costa, diretor.
Assinado em agosto entre Petrobras, Caixa Econômica Federal, Ministério das Cidades e Fundação Getúlio Vargas, o convênio visa a fortalecer a capacidade de gestão das prefeituras municipais das áreas do entorno dos empreendimentos.
Para isso, o documento prevê apoio técnico às equipes gestoras dos municípios no planejamento, contratação, captação de recursos, gestão e execução de planos, projetos e obras no setor de infraestrutura urbana e social.
Os municípios conveniados devem estruturar-se para elaboração e acompanhamento dos projetos, comprometendo-se a instituir uma Unidade Gestora Municipal (UGM), composta por técnicos das prefeituras. Essa equipe receberá a assistência técnica e a capacitação e será responsável pela gestão dos processos.
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Siderurgia debate futuro do setor em meio à crise de demanda e superoferta
O 52º Congresso do Instituto Latino Americano de Ferro e Aço (Ilafa), que começa hoje no Rio, acontece numa conjuntura em que o setor siderúrgico vem sendo afetado de forma profunda pelo esfriamento da demanda nos países desenvolvidos, abatidos pela crise da dívida, enquanto o fantasma da desindustrialização ronda os produtores latino americanos, acuados pela concorrência predatória da China, cambio sobrevalorizado e guerra fiscal no Brasil.
Marco Polo de Mello Lopes, presidente do Instituto Aço Brasil, disse que o congresso "vem num momento em que o mundo está de cabeça para baixo". O evento, que conta com 800 inscritos, a maioria estrangeiros, vai fazer uma avaliação do cenário internacional e do que ocorre na região. "Recentemente um estudo contratado pelo Ilafa, feito em quatro países latino americanos - Brasil, Argentina, Colômbia e México - concluiu que o fenômeno da desindustrialização vem ocorrendo por conta das importações". O estudo vai ser divulgado no congresso.
Segundo ele, em comum os quatro países têm o fator câmbio, importante nessas economias. "O Brasil tem um agravamento, pois além da moeda valorizada, tem a guerra fiscal entre os Estados, que é o fator mais danoso nesse momento para a produção de aço local". "Estamos perdendo participação no PIB e é enorme a aceleração das importações na cadeia metal mecânica", alerta o executivo.
No balanço das exportações e importações indiretas, o Brasil tinha um superávit de 2 milhões de toneladas entre o que exportava (autopeças, carros, eletrodomésticos, máquinas e equipamentos) e o que importava de aço contido nos produtos finais da cadeia metal mecânica. Este ano, diz Mello Lopes, o país vai fechar com déficit de 2 milhões de toneladas. " A inversão é de 4 milhões de toneladas". Este será um dos pontos principais de discussão do Ilafa, pois Argentina, Colômbia e México vivem o mesmo dilema", prevê.
"Se somarmos o volume de importação indireta com a importação direta, vamos chegar de 7 a 8 milhões de toneladas, o que é mais do que produz a Usiminas ", comparou. Dados do INDA (Instituto das Distribuidoras de Aço) informam que este ano o Brasil vai importar indiretamente 5 milhões de toneladas. Em 2003, foi 1,1 milhão de toneladas. Em nove anos, o volume de importação de aço contido cresceu 400%.
Apesar da expectativa de uma queda das importações de aço em 2011 (em 2010 as compras externas bateram o recorde de 5,9 milhões de toneladas), os dados do INDA informam que em outubro os estoques de aço importado chegaram a um patamar normal de 2,7 meses. Mello Lopes lamenta que o pano de fundo que alimenta esse processo não tenha sofrido mudanças, o que não garante que o fato não se repita, levando em conta que há no mundo um excedente de 500 milhões de toneladas de aço. "Não houve mudança de cenário, pois o cambio continua apreciado, existe o volume excedente no mundo, a China invadindo os mercados e a guerra fiscal permanece."
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Brasil exporta modelo de financiamento agrícola
O Brasil começa a exportar a países europeus um modelo de financiamento para o agronegócio.
Em fevereiro, a equipe brasileira do IFC (braço financeiro do Banco Mundial) recebeu representantes de Sérvia, Ucrânia, Rússia e Bulgária interessados no sistema de garantia usado na agricultura, além de membros da FAO (agência das Nações Unidas para alimentação).
O formato de penhor cedular brasileiro, que é usado como garantia para obrigações futuras, foi replicado para a Sérvia e aguarda para ser votado lá, segundo Renato Buranello, do escritório Demarest e Almeida Advogados, que adaptou a experiência brasileira para a legislação daquele país.
"A Sérvia estudou a CPR [Cédula de Produto Rural], que representa uma obrigação de entrega do produto, uma garantia. Havia um projeto de lei que buscava criar o que chamamos de penhor futuro, mas não havia um paradigma", diz Buranello.
Os outros países devem seguir a Sérvia, segundo Luiz Daniel de Campos, oficial de investimentos para o setor de agronegócio no Brasil do IFC.
"Existe uma carência desse tipo de legislação no Leste Europeu. O Brasil tem experiência. Eles não têm financiamento privado para a agricultura e estão buscando estimulá-lo", diz.
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Siderúrgica e Refinaria vão atrair mais indústrias para o Ceará
Atrair empresas de infraestrutura é um dos grandes objetivos da implantação de indústrias de base no Ceará. A afirmação foi feita pelo governador Cid Gomes nesta última quinta-feira (10), durante a inauguração do novo centro de distribuição logístico da fábrica da Mallory, em Maranguape, região Metropolitana de Fortaleza. Até o final do ano, segundo o governador, as obras da refinaria no Estado deverão ser iniciadas.
A siderúrgica, que já está com suas obras em andamento, é outro empreendimento que trará maiores investimentos e implantação de empresas tanto do exterior quanto dos grandes centros do Brasil. “A siderúrgica, que será uma das maiores do país, irá gerar produtos derivados do aço, e a refinaria, petroquímicos. Esses dois tipos de produtos podem trazer ao Estado uma diversidade de empresas buscando se instalar e investir no Ceará”, afirmou o governador.
A presença dessas empresas, segundo Cid, de nada adianta se o Estado não estiver preparado no que diz respeito à mão de obra, “por isso, precisamos investir na educação profissionalizante. Aqui mesmo em Maranguape terá em breve uma Escola Estadual de Educação Profissionalizante (EEEP) e será o primeiro município a receber também uma nova unidade do Instituto Federal do Ceará (IFCE). Se não capacitarmos a população, precisaremos buscar mão de obra fora para suprir as necessidades das empresas no Estado”.
Durante a solenidade de inauguração, o presidente da Mallory, Angel Riudalbás, agradeceu o apoio que sempre teve do Governo do Ceará. Para o Governador, a implantação da empresa em Maranguape contribuiu fortemente para o desenvolvimento econômico do Estado. “O Ceará hoje é referência por essa iniciativa pioneira. Vemos hoje uma capacidade de produção que só se via no exterior”, comemorou Cid. Participaram também da solenidade de inauguração Ramón Termens, o presidente do grupo Taurus, do qual a Mallory faz parte; o prefeito de Maranguape, George Lopes Valentim; o reitor do IFCE, Cláudio Ricardo e o diretor geral da unidade, Mauro Vargas.
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Ambev investe R$ 793 milhões no Nordeste
A Ambev, com o intuito de aumentar sua capacidade de produção em 10%, está investindo, até o final do ano, 2,5 milhões em todos o país, sendo R$ 793 milhões só para o Nordeste. Do montante destinado à região, o município de Aquiraz, Ceará, vai receber investimento de R$ 245 milhões no processo de produção de refrigerante e na implantação do processo de produção de cerveja.
Com o fim da expansão, a nova capacidade de produção anual de bebidas da unidade será de mais de 8 milhões de hectolitros. A área construída passará de 28 mil m² para 74 mil m². Serão implantadas uma unidade de processamento de cerveja, uma nova linha de latas com capacidade de 120 mil latas por hora e uma nova linha de PET para envasar 24 mil garrafas por hora. A Filial Aquiraz passará também a produzir refrigerantes em embalagem PET de 2,25 litros.
Os R$ 548 milhões restantes estão sendo distribuídos entre as outras oito fábricas e os centros de distribuição da Ambev na região. Em unidades como Filial Aracajú (SE), Natal (RN), Cabo de Santo Agostinho (PE) e Itapissuma (PE) estão sendo realizadas obras de modernização e otimização de todo o processo produtivo, o que contempla a manutenção e compra de novos equipamentos, aperfeiçoamento do processo logístico, de distribuição e vendas, assim como obras de melhoria nas instalações.
A expansão no Nordeste - A estratégia da Ambev em expandir sua produção no Nordeste segue a tendência de crescimento de um mercado estratégico, pujante e aquecido. De acordo com estimativas internas, em 2010, a indústria da cerveja no Nordeste cresceu 18%, mais que o dobro da média nacional. Dados preliminares de 2011 apontam que a expansão nesse ano será ainda maior. Até setembro, o crescimento da indústria na região foi três vezes maior do que o do resto do país.
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Ambev entra em operação este mês em Itapissuma
A fábrica da Ambev em Itapissuma, na Região Metropolitana do Recife, vai começar a operar neste mês, após um investimento de R$ 260 milhões da InBev, multinacional de capital belga e brasileiro. Anualmente, a produção será de 1 bilhão de litros de cerveja Brahma Fresh, Brahma, Skol e Antarctica, além de 400 milhões de litros de H2OH! e Guaraná Antarctica. Duzentos empregos foram gerados.
Incluindo a indústria pernambucana, a Ambev está investindo R$ 793 milhões este ano no Nordeste, região apelidada internamente pela fabricante de bebidas como a China brasileira, devido ao seu forte crescimento econômico. Estão em construção ou em processo de expansão plantas na Bahia, Maranhão e Paraíba.
A companhia aumentou em 70% a sua capacidade de produção na região nos últimos dois anos.
Os recursos fazem parte do pacote de R$ 2,5 bilhões já anunciado pela empresa para este ano e só perde, na divisão regional, para o Sudeste, que recebe R$ 1 bilhão.
O potencial de crescimento no Nordeste é muito grande. Em 2010, a indústria de cerveja cresceu 18% na região, mais que o dobro da média nacional, que foi de 8%, disse Nelson Jamel, diretor de Relações com Investidores da Ambev.
O baixo consumo per capita comprova a oportunidade. Segundo Jamel, enquanto o brasileiro bebe 62 litros de cerveja por ano, o nordestino consome 45 litros anuais. Desde 2009, a Ambev reforçou os investimentos em capacidade de produção no Nordeste, onde a participação de mercado da empresa é inferior à média brasileira.
A maior disponibilidade de produto resultou em ganho de mercado na região, diz Jamel, que não revela números.
O fortalecimento da empresa no Nordeste também acontece no momento em que a marca líder na região, a Schincariol, deve se fortalecer após ser comprada pela japonesa Kirin. O nosso foco no Nordeste é independente das mudanças no concorrente, garante Jamel.
Outro destaque entre os aportes deste ano é a fábrica do município de Aquiraz, no Ceará. Estão sendo destinados R$ 245 milhões para a implantação do processo de produção de cerveja e melhorias na linha de refrigerantes. A capacidade de produção vai mais do que dobrar, para 8 bilhões de litros.
Ontem, a companhia divulgou um lucro de R$ 1,6 bilhão no terceiro trimestre, queda de 7% em relação ao mesmo período de 2010. O resultado foi influenciado por um aumento nas despesas financeiras, causadas pelo câmbio.
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Há microfranquias com investimento de R$ 20 mil
Ao decidir abrir um negócio, sem experiência no ramo, é comum pequenos empreendedores sentirem a necessidade de suporte técnico e gerencial. Com investimento inicial de baixo custo, microfranquias têm se mostrado como alternativas para quem deseja trabalhar sem sair de casa. Em geral, os atendimentos acontecem na casa dos clientes.
Com sede em Campinas-SP, o grupo Zaiom oferece sete op¬¬ções de microfranquias: Tuto¬res (reforço escolar), Doutor faz tudo (serviços de manuten¬ção), Ho¬me angels (cuidadores de ido-sos), Ami¬go computador (manutenção de equipamen¬¬tos), Dr. Jardim (manuten¬ção de jardins e piscinas), Ho¬me Depil (depilação) e Fale Globish (aulas de inglês).
O investimento é de R$ 20 mil. Os futuros gestores participam de um treinamento de três dias e depois seguem, passo a passo, as instruções para implantação do negócio. O Zaiom atua, à distância, como um consultor permanente de marketing, recursos humanos, gestão operacional e questões jurídicas. Há também encontros presenciais periódicos. “Nosso objetivo é que o cliente não se sinta sozinho, somos uma equipe que pode dar suporte a to¬das as habilidades que ele precisa desenvolver para ter sucesso”, afirma o presidente do grupo, Artur Hipólito. A expectativa de retorno do investimento inicial fica em torno de quatro meses.
À frente de uma microfranquia de cuidadores de idosos no Recife, Melina Pessoa acredita que esse é um mercado em expansão. No entanto, logo após abrir o negócio com a mãe, ela enfrentou complicações na gravidez e não pôde dedicar-se intensamente ao trabalho. “Como não estou podendo organizar as panfletagens e visitar possíveis clientes, o negócio está meio parado”. Essa é uma característica: o negócio depende diretamente do gestor.
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Emprego cresce 5,4% no Estado
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou a pesquisa sobre o emprego na indústria no mês de setembro, que teve uma queda de 0,4% nacionalmente, se comparado com o mês estudado sobre agosto, com ajuste sazonal. Quando a relação é com igual período do ano anterior, o percentual é positivo em 0,4%. Das 14 regiões estudadas, sete tiveram uma ampliação de contratação. Elas são: Paraná (6,7%), Região Norte e Centro-Oeste (3,6%), Minas Gerais (1,8%), Rio Grande do Sul (1,9%) e Pernambuco (5,4%).
O índice de indicadores conjunturais de horas pagas, em Pernambuco, teve variação positiva de 6,8% ante agosto. A nível nacional, esse variação foi de -0,29%. No acumulado do ano, o índice pernambucano é de 4,9%. Em relação a folha de pagamento real, o crescimento do Estado sobre agosto é muito maior do que o resultado nacional: 13,6% contra 4,28%, respectivamente.
Esses números vão de encontro aos dados levantados pela agência Condepe/Fidem e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Os dados da pesquisa haviam apontado que o índice caiu 1,4%, indo de 114,1 pontos para 112,5. No entanto, esse índice ainda é maior do que a média nacional, sendo 4,8% acima da média histórica (de 2005). O Brasil está 3,9% abaixo da mesma média.
O estudo também analisou a questão dos ramos da indústria. Alimentos e bebidas (3,7%), meios de transporte (6,5%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,6%), máquinas e equipamentos (3,5%) e outros produtos da indústria de transformação (3,5%). Entre as desenvolturas mais negativas, se encontram a madeira (-10,3%), calçados e couro (-8%) e papel e gráfica (-6,8%). O número de horas pagas em setembro também teve queda na comparação com o mês anterior: -0,7%.
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Crescimento do setor farma alavanca negócios no nordeste
De 17 a 18 de novembro, em Olinda, ocorre a 2ª edição da Econofarma Nordeste – Feira do Setor Farmacêutico 2011, maior e mais completo evento neste segmento. O faturamento do setor deve encerrar o ano com crescimento de 10% e, até 2015, expectativas apontam para aumentos anuais sempre na casa dos dois dígitos.Vendas do canal farma devem saltar de R$ 36,74 bi, em 2010, para R$ 40,15 bi, até o fim deste ano; Nordeste já é o segundo maior destino de medicamentos no país.
Com taxas de crescimento acima da média nacional e perspectivas positivas para o canal farma, a região Nordeste conquista cada vez mais a atenção dos empresários do setor. É nesse cenário de boas expectativas que ocorre, nos dias 17 e 18 de novembro, a segunda edição da Econofarma Nordeste – Feira do Setor Farmacêutico 2011, o maior e mais completo evento de negócios do setor no Brasil. “A Econofarma Nordeste revela-se a ocasião ideal para a realização de grandes negócios pelos farmacistas, num cenário otimista em conjunto com perspectivas de crescimento do mercado farmacêutico na região. Na feira, os donos de farmácias encontram o que há de melhor em tecnologia, produtos, soluções e lançamentos”, afirma Paulo Heitor Lopes Bruno, diretor da PH Eventos (www.pheventosbr.com.br), organizadora da Econofarma.
Pesquisa da consultoria IMS Health, divulgada pela Associação Brasileira do Atacado Farmacêutico (Abafarma), revela que a quantidade de remédios repassados para farmácias, drogarias e hospitais segue em alta no Nordeste. Com participação de 17,30%, correspondente a R$ 3,37 bilhões, ocupa o segundo lugar no total de medicamentos distribuídos no primeiro semestre deste ano. Na primeira colocação está o Sudeste, com 54,18% (R$ 10,57 bilhões). Há dois anos o Nordeste ocupa a mesma posição, desbancando a região Sul, que caiu de 17,06%, na primeira metade de 2009, para 16,85% (R$ 3,28 bilhões), nos primeiros seis meses deste ano. O volume das vendas de medicamentos em todo o país foi de R$ 19,52 bilhões de janeiro a junho.
O destaque na região, de acordo com a IMS Health, é o Estado do Ceará, cuja distribuição de medicamentos deve somar R$ 1 bilhão, em 2011. A previsão tem como base o desempenho no primeiro semestre, quando a movimentação total alcançou a marca de R$ 546 milhões, ou 2,8% do volume total de medicamentos distribuídos em todo o país. No ano passado, o índice foi de 2,79%, acumulando R$ 974 milhões; em 2009, 2,70%, equivalente a R$ 815 milhões.
R$ 40 bilhões de faturamento – As vendas da indústria farmacêutica devem encerrar o ano com um crescimento de 10% e, até 2015, as expectativas são de um aumento ano a ano sempre na casa dos dois dígitos, de acordo com estudo da IMS Health. Já em relação ao faturamento, dados da Lafis Consultoria apontam para um crescimento de 9,28%, em 2011, o que significa uma ampliação de R$ 36,74 bilhões, em 2010, para R$ 40,15 bilhões, neste ano.
HPC: consumo em alta em farmácias – Pesquisa da Nielsen mostra um aumento da quantidade de compradores de produtos de higiene e beleza em estabelecimentos farmacêuticos. O consumo passou de 59,9%, em 2009, para 61,9%, no ano passado. Os dois pontos porcentuais de diferença representam 740 mil lares. Especialistas apontam que o crescimento se deve, entre outros aspectos, ao maior consumo de produtos dessas categorias pela classe C, que, estima-se, alcance atualmente 100 milhões de pessoas no país.
2ª Econofarma Nordeste – Feira do Setor Farmacêutico 2011, dias 17 e 18 de novembro, das 14h às 21h,noCentro de Convenções de Pernambuco (Cecon),Avenida Professor Andrade Bezerra, s/nº, bairro do Salgadinho, Olinda (PE).Realização: PH Eventos (www.pheventosbr.com.br). Informações: www.econofarmanordeste.com.br].
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Entenda as alterações do Supersimples
A presidenta Dilma Rousseff sancionou ontem(10) em solenidade no Palácio do Planalto lei que altera o Supersimples e o programa Microempreendedor Individual. A medida reajusta em 50% os limites de faturamento anual das micro e pequenas empresas para enquadramento no regime simplificado de tributos, o que permitirá que mais empreendedores se ajustem ao Simples Nacional.
“As micro e pequenas empresas poderão aumentar o faturamento pagando menos tributos e terão mais facilidade para exportar. É um grande passo no fortalecimento da micro e pequena empresa e dos microempreendedores individuais ”, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
As novas regras corrigem em 50% as tabelas de enquadramento no Supersimples e reduz as alíquotas. Atualmente, o teto da primeira faixa de faturamento anual é de R$120 mil e, com a correção, passa a ser de R$ 180 mil. Uma faixa intermediária que enquadra atualmente empresas com faturamento anual de até R$ 1,2 milhão passa a ser de até R$ 1,8 milhão de faturamento/ano. Já o teto para as pequenas empresas subirá dos atuais R$ 2,4 milhões para até R$ 3,6 milhões por ano.
Preveem, também, a redução das alíquotas para todas as faixas, especialmente para as faixas iniciais. Para o comércio, por exemplo, a menor faixa – entre R$ 120 mil e R$ 180 mil de faturamento/ano –, saiu de uma alíquota de 5,47% para 4% sobre o faturamento.
O secretário-executivo do Comitê Gestor do Simples Nacional, Silas Santiago, destacou que com a ampliação das faixas de enquadramento, as empresas enquadradas no Supersimples terão uma redução de até 67% em tributos. Disse, ainda, que a medida resultará em uma desoneração de cerca de R$ 4,8 bilhões em impostos federais.
“Com o aumento do limite das faixas do Supersimples, as empresas pagarão menos tributos. Por exemplo, empresas que hoje não estão no Simples Nacional ou aquelas que mudarem de faixa terão redução de até 67%”, explicou o secretário-executivo.
A lei sancionada pela presidenta também prevê alterações no programa Microempreendedor Individual. Para se enquadrar nessa modalidade – que contempla série de incentivos fiscais –, atualmente o faturamento anual da microempresa não pode ultrapassar a marca de R$ 36 mil; com o acordo, o teto passará a ser R$ 60 mil. As novas regras vão possibilitar, ainda, parcelamento em até 60 vezes de débitos tributários das micro e pequenas empresas.
Além disso, o governo trabalha para incentivar a exportação por parte das micro e pequenas empresas. No novo sistema, a partir da correção de 50%, o empresário que estiver no teto do enquadramento para o Simples terá R$ 3,6 milhões para exportações, com os benefícios de alíquotas reduzidas.
Outra novidade é a redução da burocracia para os empreendedores individuais, que poderão fechar o negócio por meio eletrônico a qualquer momento no Portal do Empreendedor, além de preencherem uma declaração única que comprova o cumprimento das obrigações fiscais e tributárias.
As regras passam a valer a partir de janeiro de 2012.
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Novas embalagens surpreendem o consumidor
A informação de que a adoção de novos potinhos pela Danone reduz em até 24% a emissão de gases poluentes na produção do Activa de 150 gramas e do Danoninho tanto agrada quanto causa surpresa aos consumidores. É que eles ainda não se deram conta de que o plástico das embalagens de muitos dos produtos levados à mesa todos os dias ou usados na higiene e beleza pessoal começam a deixar de ser vilões da preservação ambiental para ser tornar ecologicamente corretos.
“Havia notado a diferença na cor da embalagem, mas não tinha conhecimento de que era possível produzir plástico com a cana-de-açúcar nem tinha visto o selo I’m Green”, diz a massagista Adriana Regina dos Santos, se referindo ao “selo verde” usado na embalagem do Activia para caracterizar o bioplástico fabricado pela Braskem. A linha Activia faz parte do cardápio diário da massagista. “É importante que o alimento com conceito saudável tenha preocupação com a natureza”, comenta.
O uso da resina verde é uma das iniciativas da Danone para reduzir em 30% suas emissões de gases poluentes até 2012. “Marcas de sucesso entre o público adulto e infantil foram consideradas os melhores expoentes para incorporar a novidade nesse primeiro momento”, diz Adriana Matarazzo, diretora de sustentabilidade da companhia.
Caixas de leite longa vida com tampa de polietileno verde também entraram na vida do consumidor brasileiro. Há pouco mais de dois meses a Nestlé Brasil lançou, numa parceria com a Tetra Pak, a primeira embalagem do mundo com tampa produzida com cana-de-açúcar. Todas as novas embalagens dos leites UHT Ninho, Ninho Baixa Lactose e Molico são produzidas com essa tecnologia, uma novidade para o administrador de empresas Victor Postiglione. “Acho que a eco sustentabilidade virou um instrumento de marketing, mas não tinha conhecimento do uso do plástico verde nas embalagens que é uma estratégia que parece ter efeito concreto na redução da emissão de gases”, afirma.
Pesquisas de opinião entre consumidores contribuem para definir estratégias da Natura como a de envasar em embalagens de bioplástico mais de 30 produtos das linhas Ekos, Erva Doce e refis Sève. “70% dos brasileiros têm pretensão de gastar mais com produtos verdes nos próximos anos mas eles consideram limitada a oferta desses produtos no país”, diz o gerente de desenvolvimento de embalagens da Natura, Emiliano Barelli.
A novidade nas embalagens dos cosméticos da marca, no entanto, passou despercebida até por consultoras de vendas da Natura, como Antônia Aparecida de Godoy. Ela diz que o uso do plástico verde pode aumentar o número de pedidos de produtos que já são campeões de venda entre sua clientela. “Essa informação é importante para reforçar a fidelidade dos clientes”, diz. (S.S.)
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Torcida após o uso, nova garrafa da água Crystal tem volume reduzido
A Coca-Cola Brasil lançará no festival SWU, que acontece no próximo fim de semana em Paulínia (SP), a embalagem “Eco” para sua marca de águas Crystal. Com 20% menos PET que a garrafa atual da linha, as garrafas de 500 mililitros têm a tecnologia PlantBottle, com até 30% do PET feito a partir da cana de açúcar. O diferencial da embalagem é que ela pode ser torcida após o consumo, o que diminui em 37% seu volume, facilitando o processo de coleta para reciclagem. A garrafa, também chamada de “crushable” (esmagável, em inglês), chega ao mercado prá valer em janeiro de 2012.
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Com mais de 15 mil lançamentos por ano, varejo e indústria têm grande desafio para gerenciar prateleiras
Com tanta variedade de produtos, gerenciar sortimento aparece como diferencial competitivo no varejo supermercadista
Conhecer o perfil do shopper é uma das formas para que o varejista seja mais eficaz na hora de abastecer suas prateleiras
De acordo com a Nielsen, empresa global de informação e mídia, somente em 2010, foram lançados 15.183 itens e 12.140 foram retirados do mercado. Com essa intensa dinâmica de renovação do portfólio, o varejo, em parceria com a indústria, tem o grande desafio de gerenciar o sortimento de forma eficiente, avaliando se o produto é inovador, coerente com o plano de sua loja e adequado às necessidades dos compradores.
Nesse contexto, a Nielsen discute, em um evento em parceria com a Supermercado Moderno, o “Desafio comercial de gerenciar o sortimento em um ambiente competitivo”, alternativas para trabalhar a gestão de sortimento de forma eficiente. O evento vem sendo realizado desde o início do ano em várias cidades do país, como Porto Alegre, Salvador, Belo Horizonte e Campinas no workshop “Encontros de Líderes – 2011 – Supermercado Moderno”.
“Uma das grandes reflexões é perceber que nem tudo que é lançado obtém êxito. A questão não é simplesmente abastecer-se com novidades. É preciso entender o que o cliente deseja”, explica Juliana Carnicelli, gerente de consultoria analítica da Nielsen. “Vale ressaltar que administrar os itens que devem sair é tão importante quanto os que devem ser incluídos” afirma a executiva.
Segundo Juliana, um dos pontos de partida é conhecer o shopper, entendendo de forma plena os 5 “Ws” (da sigla em inglês: Quem, Onde, O que, Como e Quando). Porém outros fatores devem ser levados em consideração na definição do sortimento. As estratégias do varejista e do fabricante em cada uma das categorias de produto são chaves nesse processo, além do entendimento do incremental de cada produto.
“O principal diferencial da Nielsen nesse processo é a identificação do incremental de cada item por meio de uma análise única no mercado: o Assortman. Com essa ferramenta identificamos o potencial que cada produto tem de agregar vendas quando incluído no sortimento, comparado àqueles que acabam por canibalizar outros produtos” declara Juliana.
Durante o evento, um caso prático é apresentado, demonstrando, por exemplo, que o sortimento de Cereais Matinais nos supermercados de SP deveria ser revisto, diminuindo o número de itens de Açucarados e Chocolate para incluir mais produtos de Multi Ingredientes, segmento de maior apelo de saudabilidade.
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Financiamento é aprovado para CBVP
O investimento total de construção da fábrica da Companhia Brasileira de Vidros Planos (CBVP), em Goiana, de¬ve alcançar R$ 556 milhões, dos quais R$ 450 milhões são em crédito de financiamento já aprovado. A CBVP obteve em agosto o enquadramento das Cartas Consulta protocoladas na Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e no Banco do Nordeste do Brasil (BNB). Mesmo com a aprovação de R$ 280 milhões que virão pelo Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), gerido pela Sudene, a CBVP não divulgou quanto será liberado por meio do produto BNDES Finem, repassado pelo BNB.
Pelas contas, trata-se de cerca de R$ 170 milhões, mas a Companhia informou que os percentuais de participação de cada funding serão definidos na conclusão do projeto definitivo para o financiamento da obra. Por questões de sigilo bancário dos clientes, a assessoria de Imprensa do BNB informou que o valor a ser financiado não pode ser divulgado antes de a informação ser liberada pela empresa contratante.
As obras de terraplanagem para a construção do parque fabril da CBVP começaram há um mês. Trata-se da nova fábrica do Grupo Cornélio Brennand, que terá 80 mil m² de área construída e capacidade de produção de 30 milhões de m² de vidros planos por ano. Projeta-se que o faturamento anual da Companhia chegue a R$ 500 milhões, com geração de 370 empregos diretos e mais de 1,5 mil indiretos. Serão atendidas indústrias da construção civil e dos setores moveleiro e automobilístico.
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Carro branco vira mania mundial; prata perde mercado no Brasil
No mundo, a quantidade de carros produzidos pintados de branco alcançou 21%, superando o prata e o preto, empatados com 20%. Na América do Sul, o prata ainda domina, apesar de estar perdendo mercado. O levantamento é da PPG, fabricante mundial de revestimentos automotivos. Na América do Sul, no entanto, o prata e o preto mantém a liderança, com 31% e 21% da preferência, respectivamente. Em terceiro lugar vem o cinza com 17%. O branco aparece em quarto, com 16%. Mas prata e preto têm perdido terreno, enquanto cinza e branco vem ganhando. "A cor branca tinha 10% da preferência em 2009, subiu para 14% em 2010 e agora saltou para 16%", compara Alex Lair de Amorim, responsável pelo laboratório de desenvolvimento de cores da PPG do Brasil. Outra cor que também cresceu na preferência do consumidor local foi o cinza, que em 2009 tinha 14% de participação e agora tem 17%. Já o vermelho cresceu de 5% em 2009 para 7% em 2011. "Enquanto isso, o prata caiu de 34% em 2009 para 31% este ano, e o preto tinha 26% da preferência em 2009, caiu para 21%", mostra Amorim. A evolução do branco acontece em escala mundial. Na América do Norte, o branco foi a cor mais usada na indústria automotiva pela primeira vez, com 20% do total. Na Europa, é a segunda, com o mesmo percentual. ECONOMIA O branco tem uma vantagem: veículos pintados nesta cor refletem melhor os raios solares e, consequentemente, aquecem menos -a temperatura na cabine chega a ser, em média, 5º C menor que em carros de cor escuras--, exigindo menos do ar-condicionado. Uma das consequências é o menor consumo de combustível. Estudo da Berkeley Lab Environmental Energy Technologies Division, na Califórnia (EUA), apontou que a conta do posto pode cair 1,1%.

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