Alta no consumo de bebidas faz Coca-Cola ampliar presença no Nordeste
Até dezembro deste ano, os consumidores nordestinos deverão desembolsar R$ 4,4 bilhões na compra de bebidas de todos os tipos. Caso esse valor seja atingido, irá superar em 151% a cifra registrada em 2005, conforme estimativa da consultoria IPC Marketing de São Paulo. Isso fez a Coca-Cola iniciar um processo para aumentar sua presença na região. Sua unidade de Guararapes já é a única engarrafadora e distribuidora brasileira controlada integralmente pela matriz americana. Com atuação em Pernambuco, na Paraíba e na Bahia, no município de Irecê, ela domina 61% do mercado de bebidas não alcoólicas nas áreas que atende. E a previsão é de faturar neste ano R$ 1,2 bilhão, o triplo da receita obtida em 2005. A subsidiária vai receber um pacote de investimentos de R$ 350 milhões entre 2012 e 2014 que vai quase duplicar a capacidade de produção da empresa. Uma boa parte do investimento será destinado a ampliação da capacidade instalada em 30%, chegando a uma produção de 1,1 bilhão de litros de bebidas. Mas as divisões de desenvolvimento de produtos e de logística também serão contempladas com esse aporte. Até porque, a distribuição é importante para empreendimentos baseados no consumo de massa. No início do ano, a distribuidora colocou no mercado uma garrafa PET de 250 ml de seu principal produto, com preço sugerido de R$ 1. A diversidade do portfólio, que inclui ainda chás, sucos, água mineral e isotônicos, também ajudou a ampliar o espaço da Coca-Cola Guararapes nas prateleiras e balcões. O resultado foi o incremento da carteira de clientes, em 18%, indo para 53 mil pontos de venda desde 2006.
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BUNGE quer desbancar a PEPSICO e BIMBO na compra da MABEL
Enquanto o lema da Mabel é focar no crescimento da empresa em 2012, o mercado dá como praticamente certa a compra da companhia. As americanas Bunge e Pepsico, além da mexicana Bimbo, são as interessadas em adquirir a indústria de biscoitos goiana. Vicente Barros, diretor-presidente da Mabel, desconversa: “Queremos fazer de 2012 um grande ano para a Mabel.” Procuradas, a Pepsico e Bimbo disseram que não comentam rumores. Segundo reportagem do jornal “O Popular”, de Goiânia, um consultor envolvido nas negociações disse que o nome do comprador da Mabel seria divulgado no início de outubro, mas a Bunge pediu até 15 dias para fazer nova proposta. A Mabel aceitou. O valor deve chegar a R$ 1 bilhão. Uma fonte ouvida pelo jornal Brasil Econômico afirmou que as informações do veículo goiano estão “bem embasadas”. Outra fonte ligada a Sandro Mabel, deputado federal por Goiás e proprietário de 60% da companhia, disse que a empresa é “sempre assediada por interessados”. Ainda segundo “O Popular”, o Banco Icatu, dono de 40% da Mabel, pressionou o grupo a vender a fábrica. Pelo contrato, a família Mabel teria direito de preferência de comprar a parte do Icatu. Caso contrário, as duas partes teriam de vender integralmente suas ações.
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Volks anuncia em novembro primeira montadora no Nordeste
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico informou, em nota oficial, que a escolha de Pernambuco para sediar a primeira montadora da Volkswagen no Nordeste ainda não foi definida pela indústria. De acordo com o Palácio do Campo das Princesas, a empresa se comprometeu anunciar a decisão somente em novembro.
Além de Pernambuco, cinco outros estados disputam o investimento de R$ 2 bilhões anunciado pela empresa para sediar a fábrica que, de início, seria implantada no complexo industrial portuário de Suape, localizado entre os municípios de Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, a 60 quilômetros de Recife.
As negociações entre o governo do estado e a indústria são consideradas em “estágio avançado”, e no mês passado, o presidente da Volks no Brasil, Thomas Schmall, informou que Pernambuco estava entre os seis “finalistas” para sediar a fábrica, que seria a primeira da empresa no Nordeste. No entanto, o jornal “Valor Econômico” deu como praticamente certa a implantação da montadora no estado.
De acordo com a notícia, com o avanço das negociações só falta às duas partes concluir a montagem da engenharia financeira que permitiria o investimento, que deve contar com financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e incentivos da Sudene. Além disso, o governo de Pernambuco está oferecendo uma série de vantagens para atrair a montadora, que veem sendo mantidos em segredo pela AD-Diper, Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco.
“O governo estadual, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, informa que não recebeu confirmação sobre a decisão da montadora Volkswagen relacionada à instalação de uma fábrica de automóveis em Pernambuco. O estado recebeu representantes da montadora no início do mês, assim como outras unidades da federação, e aguarda o posicionamento oficial da empresa sobre a localização do empreendimento”, afirma a nota distribuída pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico.
A montadora é disputada por Pernambuco, Bahia, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Ceará. O interesse da Volks por Suape não é novo. Vem desde 2008, quando a empresa chegou a anunciar a instalação de uma central de distribuição no complexo, que até o momento ainda não foi confirmada.
Suape possui hoje mais de 140 empresas implantadas e em implantação, que geram mais de 60 mil empregos. O governo de Pernambuco tenta atrair mais de 30 novas empresas para o local. A última grande a anunciar que iria para Suape foi a Fiat, que depois decidiu transferir o empreendimento do litoral sul para o litoral norte.
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Praia do Paiva ganha até bairro planejado
Com o desenvolvimento do Litoral Sul na rota de Suape, a Praia do Paiva ganhou até um bairro planejado, que começa a se consolidar. A Odebrecht Realizações está construindo a Reserva do Paiva em parceria com os grupos Cornélio Brennand e Ricardo Brennand.
Construído em etapas, já foram entregues 67 casas do condomínio Morada da Península. A segunda etapa do bairro planejado é o condomínio Vila dos Corais. A terceira etapa, já anunciada, conta com um investimento de R$ 450 milhões para a construção de mais um condomínio residencial, o Terraço Laguna, e o complexo multiuso Novo Mundo Empresarial. O Novo Mundo vai contar com seis torres empresariais, centro de compras que se destaca por se integrar ao meio ambiente, com vistas para o mangue, e também terá um hotel cinco estrelas com centro de convenções.
O metro quadrado na região já chega a R$ 6.500. Com a supervalorização da área, a Praia do Paiva também vai receber um residencial da Rio Ave, o Paiva Home Stay. O empreendimento seguirá uma linha mais compacta, com uma torre de 192 apartamentos, divididos em 24 andares. O preço médio de cada unidade é de R$ 250 mil. O prédio também contará com serviços, em seis lojas instaladas no térreo.
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Iveco poderá ter fábrica em Goiana
A italiana Iveco, subsidiária da Fiat e presente no Brasil com uma linha completa de veículos comerciais, também poderá vir para Goiana. Não existe ainda uma decisão tomada a esse respeito, mas segundo o diretor de desenvolvimento da Iveco Renato Mastrobuono, a partir da confirmação da instalação da Fiat, em Pernambuco, todo o desenvolvimento de novos produtos do Grupo Fiat (do qual a Iveco faz parte com a área de caminhões) passou a considerar a unidade de Goiana como possível base.
Mastrobuono adverte que, neste momento, a companhia Iveco não está trabalhando em nenhum projeto que considere Goiana como a base. Primeiro a Fiat terá que se instalar, e a partir daí é que a Iveco teria condições de se integrar ao complexo, insistiu.
Mas essa é uma lógica natural, esclareceu o diretor de Desenvolvimento da Iveco no Brasil, pois como a unidade de Goiana só poderá produzir modelos novos e como a Iveco hoje tem a linha mais completa do setor comercial, estará sempre desenhando novos projetos, o que deve levar a companhia obrigatoriamente a considerar o sítio de Goiana.
O diretor da Fiat, presente na Feira Nacional de Transportes, prefere falar que, neste momento, a empresa só pensa no desenvolvimento do sítio de Goiana, para onde estão previstos o projeto de um novo modelo, uma pista de provas e um centro de treinamento. Mas consideram normal que a Iveco já considere Goiana como o local de um modelo novo de veículo comercial, pois essas experiências já foram feita em Minas Gerais.
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Nestlé aposta em produtos populares para crescer
As linhas populares deverão responder por 20% da receita global da fabricante suíça nos próximos anos. Para isso, a Nestlé vai ampliar uma estratégia iniciada no Brasil, que vem ganhando espaço nos países ricos desde a crise financeira de 2008: a linha de produtos populares, com preços mais baixos, batizada pela empresa de "PPP". Segundo Paul Bulcke, presidente da Nestlé, em países desenvolvidos, como os Estados Unidos e a França, os maiores mercados do grupo, "também há consumidores emergentes". E, nesses tempos de crise e desemprego alto na Europa, eles estão cada vez mais numerosos. A gama desses produtos destinados a pessoas de baixa renda, com embalagens menores e mais simples, já representa entre 12% e 13% do faturamento global do grupo suíço. A experiência brasileira, realizada no Nordeste, de criar produtos a preços populares e com um marketing específico para esse consumidor, "serviu como exemplo para o resto do mundo", diz Bulcke. As vendas globais da Nestlé atingiram 60,9 bilhões de francos suíços (US$ 68,1 bilhões) até o terceiro trimestre de 2011, com crescimento orgânico de 7,3%.
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Sócio brasileiro investe em fábrica da XCMG em PE
Em paralelo com o plano de construção de um parque industrial em Minas Gerais, orçado em aproximadamente US$ 200 milhões, a fabricante chinesa de máquinas pesadas Xuzhou Construction Machinery Group (XCMG) está tocando outro projeto em Pernambuco. Por meio de uma joint venture com a empresa paraibana Êxito, o grupo chinês está erguendo no Complexo Portuário de Suape, a 50 quilômetros ao sul do Recife, uma unidade com capacidade de montar inicialmente pouco mais de 2,8 mil máquinas por ano, num investimento estimado em US$ 25 milhões.
O aporte dos recursos, por enquanto, está sendo feito integralmente pela Êxito, fundada em 2005 e uma das três representantes da XCMG no Brasil. De acordo com seu presidente, José Lacy de Freitas, a unidade funcionará em um modelo semelhante ao adotado na fábrica da Hyundai em Anápolis (GO), pelo qual os asiáticos transferem a tecnologia, enquanto os empresários brasileiros investem e tocam a produção.
Com três linhas de montagem, cada uma com potencial para 80 máquinas por mês, a unidade pernambucana irá produzir retroescavadeiras, carregadeiras e escavadeiras hidráulicas a partir de janeiro de 2013. As peças virão da China, de navio, e serão acopladas em um galpão de 20 mil metros quadrados. Segundo o presidente da Êxito, a capacidade deverá ser aumentada no futuro. “São investimentos programados, modulados, que vão depender do crescimento do negócio”, explicou o executivo.
A XCMG é a principal fabricante de máquinas para construção civil na China e é considerada uma das maiores do mundo. Segundo a empresa, ela exporta para 130 países e no ano passado acumulou receita de cerca de US$ 10 bilhões, uma alta de 33% sobre o exercício imediatamente anterior.
Representante da XCMG no Brasil ao lado de GTM e BMC, a Êxito atua na importação e distribuição de máquinas da chamada linha amarela, com exceção de compactadores e de um modelo de motoniveladora.
Os investimentos para a produção em Suape estão sendo bancados, por ora, com recursos próprios da empresa. Mas Freitas afirmou que já está analisando as condições para tomar financiamentos com BNDES ou Banco do Nordeste.
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Motos da China em Pernambuco
O estado de Pernambuco pode receber uma distribuidora da chinesa Tailg, montadora de motocicletas elétricas. O grupo já tem representação no Brasil, no Paraná, mas pretende fazer investimentos no Nordeste. Ontem, durante a Canton Fair, maior feira de importação e exportação, que acontece em Cantão, na China, o prefeito de Condado, Edberto Quental, apresentou as potencialidades de Pernambuco, despertando o interesse da empresa chinesa.
“Apresentamos o estado aos representantes do grupo, que se mostraram bastante interessados em conhecer a nossa estrutura. Não me refiro apenas ao município de Condado, mas à infraestrutura da Zona da Mata Norte”, explicou o prefeito, ressaltando: “Se levarmos a distribuidora para o estado, as motos poderão ser vendidas por cerca de R$ 4,5 mil, um valor muito abaixo das demais da mesma categoria. Além disso, estamos falando de veículos elétricos, ou seja, que não prejudicam o meio ambiente”.
Neste mês, é a segunda montadora de moto da China que demonstra interesse em se instalar no estado. A primeira foi a Sazaki, com um projeto de R$ 40 milhões e deve começar a funcionar a partir de março de 2012.
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Complexo de Suape receberá investimentos de R$ 100 bilhões
Região está pronta para se transformar em novo polo naval, ressalta executivo. Os participantes da segunda edição do Pernambuco Petroleum Business, encontro internacional de negócios que terminou ontem, conheceram melhor as oportunidades de negócios em uma das regiões que mais cresce no país. Com mais de 100 empresas instaladas, a perspectiva de investimentos totais em Pernambuco é de R$ 100 bilhões.
De acordo com o diretor de Suape Global, Silvio Leimig, a região tem tudo para ser um grande player mundial da cadeia de petróleo, gás e offshore. “Além da ótima localização, estamos capacitando a mão de obra local, melhorando a infraestrutura e transferindo tecnologia”, ressaltou Leimig, ao acrescentar que Suape já representa 90% do Produto Interno Bruto (PIB) do Nordeste.
O diretor destacou ainda que a região oferece oportunidades em diversas áreas de negócios na indústria naval, offshore, petróleo, gás, transporte, logística, alimentos, têxteis, minérios, na indústria automobilística, siderúrgica e metal mecânica e da tecnologia da Informação.
Suape atraiu 67 empresas nos últimos cinco anos, entre elas a Refinaria Abreu e Lima, a Petroquímica Suape, os estaleiros Atlântico Sul, STX Promar e Construcap Orteng, a Companhia Siderúrgica Suape e a Fiat. Apenas a Petrobras tem cerca de US$ 20 bilhões (R$ 35,4 bilhões) em investimentos já contratados no local. O polo naval da região já concentra 50% das encomendas de navios e plataformas contratadas no Brasil e se credencia para receber boa parte dos US$ 224 bilhões (R$ 396,8 bilhões) de investimentos previstos pela Petrobras para os próximos cinco anos.
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Baterias Moura investe em GNC e tem ganhos ambientais e econômicos
Investir em energias limpas tem sido uma prática cada vez mais recorrente na gestão sustentável das empresas. Há cerca de oito meses, a Baterias Moura foi pioneira em Pernambuco ao adotar o Gás Natural Comprimido (GNC) – transportado por carretas – nas fábricas de Belo Jardim (PE). Hoje, o contrato para o fornecimento do material já é o maior da empresa White Martins em todo o país – são 800 mil metros cúbicos por mês. O investimento ambiental também tem impactado positivamente nas finanças. “Desde maio, houve redução de cerca de 30% na emissão de gases de efeito estufa na atmosfera. Já na conta de energia elétrica, percebemos economia de 10% nesse período”, informa o analista ambiental, Jonerson Neri. Ele explica que ainda há os ganhos contabilizados a longo prazo como a diminuição de custos de manutenção de equipamentos.
A Moura substituiu o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) e o óleo combustível pelo GNC em duas unidades fabris. Em uma delas são destinados 250.000 m3 de gás natural para fundição de grades, moinho, empastamento e estufas; na outra, processos de fornos e refino do chumbo utilizam 550.000 m3 do material. “A Moura é nosso maior cliente para fornecimento de gás natural comprimido”, afirma a gerente de Negócios da White Martins, Ana Valéria Alvim, a qual possui bases de GNC em mais quatro estados. Seu portfólio atende aos setores náutico, logístico, automobilístico, tracionário e estacionário.
Comprometida com a sustentabilidade ambiental, a Moura possui importante programa de logística reversa, tendo capacidade de reciclar mais de 100% de sua produção e contribuir, assim, para a preservação do meio ambiente.
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