A Hypermarcas SA ainda está em processo de consolidação de suas recentes aquisições - a DM Farmacêutica, a Farmasa, a Ceil (subsidiária de Revlon) e as marcas NY Looks e Radical - mas já estuda novas aquisições. "A perspectiva para o segundo semestre é crescer organicamente e com aquisições", afirmou o CEO da companhia, Claudio Bergamo. As áreas de interesse são as mesmas de suas últimas compras: medicamentos e higiene pessoal e beleza, segmentos que juntos já respondem por 56,6% do faturamento da empresa, que atingiu R$ 349,3 milhões no segundo semestre, alta de 43% em relação a igual período do ano passado (quando a DM foi adquirida) e 32% maior ante a receita bruta do primeiro trimestre. O segmento de higiene pessoal e beleza, no qual a empresa possui vasto portfólio de marcas como Monange, Paixão, Cenoura & Bronze e Leite de Colônia, foi o que mais cresceu no primeiro semestre, 15%, dentro das áreas em que a Hypermarcas atua - inclui também medicamentos livres de prescrição, higiene e limpeza e alimentos. Já a área de medicamentos, o aumento das vendas foi "em linha com o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto)", que no primeiro trimestre foi de 5,8%, afirmou Bergamo. A empresa, que deve concluir no terceiro trimestre a incorporação das operações da Farmasa e da Ceil, já comemora os resultados das primeiras fases de sinergias - operacional e da área de compras. A margem bruta da companhia, que em 2007 ficou em 57,3%, atingiu 60,3% no primeiro semestre deste ano, conforme destacou a empresa em relatório enviado ao mercado. O lucro, porém, caiu de R$ 36,43 milhões, registrados no segundo semestre do ano passado, para R$ 26,68 milhões o período de abril a junho de 2008. Mas a companhia destacou o lucro líquido ajustado, de R$ 63,97 milhões no período, que desconsidera a amortização do ágio, no valor de R$ 68,41 milhões, e despesas com a abertura de capital, de R$ 35,87 milhões, bem como desconta ganhos com a variação cambial, já que a dívida da companhia está atrelada ao dólar, no valor de R$ 67 milhões, explicou o CEO da Hypermarcas. As despesas com vendas chegaram a R$ 27,6 milhões, ou 10,4% da receita líquida, uma queda de 1,3 ponto percentual ante o resultado de 2007, de 11,7% da receita líquida. Já as despesas com marketing cresceram para 25,4% no segundo trimestre, ante 20,6% apurados em 2007. Para o ano, a empresa deve manter a média de cerca de 21% do ano passado. Mais R$ 25 milhões devem ser aplicados no marketing de novos produtos. Somente entre janeiro e junho a empresa lançou o medicamento Mirador e os desodorantes das marcas Monange e Leite de Colônia.
Gazeta Mercantil - 14.08.08
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