As vendas do azeite português Gallo cresceram 30% no Brasil de janeiro a agosto deste ano. Dessa maneira, a participação da empresa no mercado - que movimentou R$ 680 milhões e 25 milhões de litros em 2007 - cresceu este ano, passando de 27,4% em valor em dezembro, para 30% em agosto, o que representa cerca de R$ 204 milhões. Para aproveitar a boa fase e ampliar o crescimento - já que as vendas aceleram nos últimos meses do ano, assim como nas semanas que antecedem a Páscoa -, a empresa ampliou o portfólio de seis para oito produtos. "Apesar de ainda ser considerado um produto sazonal, essa sazonalidade tem diminuído consideravelmente nos últimos anos", disse Rita Bassi, diretora da Gallo Brasil. A marca é distribuída no País pela norte-americana Cargill. Mercado deve dobrar Segundo Rita, ainda existe um grande mercado em potencial no Brasil, já que o consumo, apesar de estar em crescimento, é proporcionalmente pequeno. "Não temos um consumo como na Europa. Mas isso está mudando. As pessoas que antes só usavam o azeite em ocasiões especiais estão prolongando o uso. Usando o azeite todos os dias", disse Rita. Segundo a executiva, o potencial de crescimento é tão grande que o Comitê Oleícola Internacional (COI) estimou que o mercado brasileiro deve duplicar de tamanho até 2015. Apesar do bom momento, a crise internacional gera algumas incertezas em relação aos preços do produto no Brasil, de acordo com Rita. " Não temos muito o que fazer quando o dólar sobe. ", afirmou a executiva. "Nós estamos passando por uma crise internacional e ninguém sabe muito bem o que vai acontecer", disse. Expansão no NE A Gallo fechou o ano passado com crescimento de 15% nas vendas. O Brasil é o principal mercado para a empresa fora de Portugal. Segundo Rita, no Brasil, chama a atenção o mercado nordestino, onde as embalagens menores possuem crescimento acima da média. "Por conta da colonização, o consumo de azeite no Nordeste é muito grande", disse. A empresa está presente no Brasil desde 1939.
Gazeta Mercantil
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