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quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Iguaçu investe para ganhar mercado
Para tentar minimizar o impacto dos crescentes custos com matéria-prima, a Cia. Iguaçu de Café Solúvel anunciou ontem investimentos de R$ 50 milhões em sua planta na região de Cornélio Procópio (PR). O objetivo é ampliar a produção de café solúvel por meio da liofilização (secagem com congelamento e pressão reduzida) das atuais 2,5 mil toneladas anuais para 6,5 mil toneladas (160% a mais)s. O método permite obter conservar melhor o sabor, gerando um produto com maior qualidade. Os investimentos devem proporcionar um incremento de R$ 25 milhões por ano no caixa, uma rentabilidade de 9% em relação à receita líquida da empresa a partir do primeiro ano de operação. "Com o dólar muito valorizado e o aumento do custo com matéria-prima não temos condições de competir lá fora. Vamos oferecer produtos com maior qualidade para tornar o produto mais competitivo aqui no Brasil", explicou Edinaldo Lemos Silva, diretor de Relação com Investidores da Iguaçu. Além disso, o diretor espera que os investimentos resolvam outro problema, que é o gargalo na secagem. Assim, a empresa espera elevar a extração de 18 mil toneladas por ano para 20 mil toneladas por ano. "Os investimentos vão proporcionar uma melhor escolha de mix. Mas acredito que 13,5 mil toneladas serão secadas pelo método do spray. Mauro Malta, diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics), explica que a linha de liofilizados é mais sofisticada e reflete a crescente demanda por produtos de qualidade elevada no mercado. Ele acrescenta que as exportações não oferecem boa rentabilidade, pois possuem o agravante do ICMS, que é cobrado no momento dos embarques. "O café verde é isento desse imposto. Já o solúvel recebe isso em forma de crédito que depois possui grande burocracia para receber", reclama. Conforme Malta, o consumo interno de solúvel é equivalente a 1 milhão de sacas de café verde. Já as exportações movimentam o equivalente a 3 milhões de sacas de café verde. Balanço das exportações O Conselho dos Exportadores de Café (Cecafe) divulgou ontem o resultado da balança comercial do setor. Segundo a instituição, as exportações de café em julho chegaram a 2.031.787 sacas. A receita foi de US$ 330.661 milhões. Com isso, o crescimento foi de 10,7% em relação à julho de 2007. No acumulado do ano, o País vendeu 14.872.597 sacas do produto, para uma receita de US$ 2.413.657. Embora o volume tenha caído 6% na comparação com o mesmo período do ano passado (em 2007 foram 15.923.648 de sacas), a receita apresentou incremento de 13.4% (Fonte: Gazeta Mercantil - Agronegócios - Pág C9 - 07.08.08)
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